formação cristã

Qual é a qualidade do que você consome como pessoa e cristão?

Embora vivamos em uma era movida pela tecnologia onde a comunicação coloca a nosso alcance inúmeros meios para nossa formação, uma das maiores necessidades que enfrentamos como ser cristão e católico é justamente a formação na doutrina da fé. Pois, por não a conhecermos bem, muitas vezes, vivemos uma certa “espiritualidade”, mas acabamos procedendo como se não tivéssemos fé. Ou seja, aceita-se e vive de maneira diferente do que a Igreja ensina, e deixa-se enganar pelas seitas, superstições e tantas outras teorias contrárias a fé cristã.

O Papa Bento XVI, em viagem à África, no ano de 2009, afirmou que a formação é o antídoto que precisamos “consumir” contra as seitas e contra o relativismo religioso e moral que tem nos assolado. E incentivou a todos nós a não pararmos nas margens da informação, mas buscarmos com empenho conhecermos a doutrina da nossa fé para vive-la na prática de maneira coerente e responsável. Esse apelo vem sendo atualizado com outras palavras através do Papa Francisco e tantas outras personalidades que realmente se preocupam com o bem comum.

A preocupação da Igreja na formação do cristão

Aliás, a Igreja, em todos os tempos, preocupou-se com a formação do povo. Os grandes bispos e padres como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, Santo Atanásio, São Irineu e tantos outros gigantes dos primeiros séculos eram os catequistas do povo de Deus. E quando olhamos um pouco antes destes, para a vida dos apóstolos, percebemos o quanto eles se empenhavam na formação dos fieis. São Paulo é um bom exemplo, ele escreveu, visitou e exortou as primeiras comunidades cristãs, sempre exortando-as a não se deixarem levar por qualquer teoria. A Tito, por exemplo, ele escreveu: “O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina” (Tt 2,1).

E, hoje, continua a existir pessoas empenhadas em formar o povo na fé e na moral, mas a questão é: será que estamos dispostos a sermos formados? Ou preferimos os resumos e as frases prontas que são oferecidas nas redes sociais por exemplo?

Quando falamos de fé, temos fontes seguras para buscarmos saciar nossa sede. Em primeiro lugar, a Palavra de Deus, mas também o Catecismo da Igreja Católica, aprovado em 1992 pelo saudoso Papa João Paulo II. Ele mesmo diz na apresentação deste documento: “O ‘Catecismo da Igreja Católica’, por fim, é oferecido a todo o homem que nos pergunte ‘a razão da nossa esperança’ e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê e ensina”.

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Palavra de Deus e Doutrina da Igreja

Aliás, aí está um ponto fundamental para nossa formação e também para nossa expressão de pensamento. Como cristãos, não podemos ensinar aquilo que queremos ou achamos que é o certo; devemos ensinar o que ensina a Igreja, pois só ela recebeu de Deus o carisma da infalibilidade. É por isso que quanto mais conhecermos a Igreja e o tesouro que ela traz em sua essência, tanto mais a amaremos e poderemos ajudar outras pessoas a amarem também.

“Somos sinfonias incompletas e obras inacabadas”, mas o que temos escolhido para nos completar enquanto vivemos é o que vai definir em que nos transformamos. Em todo caso, é preciso conhecer a fonte antes de beber da água. Certamente, corremos o risco de preferirmos ouvir pessoas que nos diga o que devemos fazer e nos garanta que é isso nos fará felizes. Porém, esse caminho é perigoso. Quando o assunto é formação espiritual, é preciso ter calma e sabedoria! Esta fonte sim, a Palavra de Deus e a Doutrina da Igreja, é segura; e desta água sim, você pode beber que sua alma será saciada.

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