20 anos da morte de São João Paulo II, um legado vivo
Há 20 anos, a Igreja se despedia de São João Paulo II, um Pontífice que marcou a história eclesiástica e mundial. O dia 2 de abril de 2005 ecoou como um marco para uma geração que acompanhou um dos pontificados mais longos e influentes da história. Seus 26 anos à frente da Cátedra de Pedro transcendem a mera longevidade, moldando uma nova era para a Igreja.
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Um Papa em diálogo com o mundo
Ao assumir o pontificado em 1978, João Paulo II herdou uma Igreja imersa no espírito do Concílio Vaticano II, convocado por João XXIII. Sua missão se delineou com clareza: conduzir a Igreja ao diálogo com o mundo. A reestruturação da Cúria Romana, a promulgação dos Códigos de Direito Canônico para as Igrejas latinas e orientais, e a publicação do Catecismo da Igreja Católica, evidenciam um pontífice que reorganizou a instituição eclesiástica para enfrentar os desafios de uma sociedade civil em constante evolução.
Apostolado e legado para o futuro
A Constituição Apostólica Pastor Bonus, de 1988, solidificou a estrutura da Igreja, preparando-a para colher os frutos do Concílio Vaticano II. A criação da Jornada Mundial da Juventude demonstra a aposta de João Paulo II nos jovens, estabelecendo um diálogo direto e fortalecendo a relação entre a Igreja e o Povo de Deus. Essa proximidade consolidou a posição da Igreja na sociedade.
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Transcorridos 20 anos de seu pontificado, o legado de São João Paulo II se manifesta na forma como a Igreja se posiciona no século XXI: uma instituição de comunhão e participação, missionária por natureza, que dialoga e escuta o mundo e sua própria estrutura interna. A ideia de Sinodalidade, que ganha força atualmente, é um reflexo desse legado, que continua a inspirar e guiar a Igreja no terceiro milênio.
Padre Robson Caramano
Padre da Diocese de São Carlos, Mestre em Linguagens, Mídia e Arte pela PUC Campinas e aluno do Programa de Mestrado em Filosofia com Especialização em Filosofia Prática da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma
