Com este artigo, que é o terceiro da série “Chamados à santidade”, vamos continuar a descobrir esse lindo projeto de Deus para cada um de nós, que é a santidade. Poderíamos nos perguntar: “Como faço para ser santo?”. O próprio Jesus vai nos orientar quando, nas bem-aventuranças, Ele deixa ali o passo a passo, ou podemos também dizer, o manual para sermos bons cristãos.
Jesus orienta, na pregação das bem-aventuranças, o passo a passo para ser santo
O ponto fundamental para caminharmos nas bem-aventuranças é pedir que o Espírito Santo nos liberte do egoísmo, da preguiça e do orgulho, pois, só assim, teremos todas as condições humanas-espirituais para respondermos esse chamado tão sublime. Por isso, agora, vamos entender quando Jesus nos fala:
“Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino de Deus”
A sua segurança não está nas riquezas, mas em Deus. Quando você apontar o seu coração para as coisas do céu, para Deus e para a Sua Palavra, perceberá que existe algo que não passa, e somente as coisas que o remetem para Deus podem atender ao anseio mais profundo da sua alma. Retire do seu coração o que se tornou riqueza, mas que, na realidade, são coisas passageiras e superficiais, e dê espaço para a Palavra de Deus. É o que o Papa Francisco nos diz: “Ser pobre no coração, isso é santidade!”.
“Felizes os mansos, porque possuirão a terra”
Estamos em uma cultura em que precisamos, cada vez mais, ser fortes e lutar pelo que queremos, muitas vezes, passando por cima de pessoas e aderindo a meios até mesmo ilícitos para isso. Contudo, a ordem de Jesus é: “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Cf. Mt 11,29). Ser manso é uma expressão do acreditar em Deus, depositar n’Ele as suas preocupações e confiar. Saber suportar as diferenças e os defeitos dos outros é exercício de santidade. Papa Francisco nos diz: “Reagir com humildade, mansidão, isso é santidade!”.
“Felizes os que choram, porque serão consolados”
Precisamos ir contra a correnteza, mudar o rumo da nossa vida. Quando o mundo ensina que o que precisamos é aproveitar a vida, buscar o prazer desmedido, a distração e o divertimento, isso pode gerar em nosso interior um desprezo ou até mesmo uma indiferença com os que choram ao nosso lado, com os mais necessitados. Quando buscamos, a todo momento, esses prazeres, podemos estar fugindo da realidade que, muitas vezes, nos faz chorar. A ideia do mundo é que você não chore, porém, também se faz necessário chorar, e, muitas vezes, chorar com os outros. Papa Francisco nos diz: “Saber chorar com os outros, isso é santidade!”.
“Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”
A fome e a sede são expressões das necessidades básicas do ser humano, por isso dizem da sobrevivência. Quem mais do que Jesus não buscou a justiça? É necessário buscarmos também com a mesma fome e sede a justiça. O caminho para isso é ser justo nas próprias decisões e atitudes. Por isso, o Papa Francisco nos diz: “Buscar a justiça com fome e sede, isso é santidade!”.
“Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”
A maneira mais simples e prática para sabermos usar da misericórdia é: “a medida que usardes para os outros, servirá também para vós” (Cf. Lc 6,38). Ter com os meus irmãos a mesma atitude com que eu gostaria que tivessem comigo, será um bom medidor. O Senhor já nos olhou com misericórdia e nos perdoou, aprendamos de Jesus a perdoar os que nos ofenderam. Papa Francisco nos diz: “Olhar e agir com misericórdia, isso é santidade!”.
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“Felizes os puro de coração, porque verão Deus”
A condição para ver Deus é um coração puro, simples. O coração é a sede das intenções, é onde está o nosso sagrado, o que muitas vezes só nós e Deus conhecemos. Por isso, vale nos perguntarmos: “O que tenho guardado no meu coração?”. Precisamos guardar coisas boas e santas, não sujeiras; caso contrário, afastaremo-nos de Deus. Podemos fazer a escolha de cultivarmos o amor ou a indiferença no nosso coração. Papa Francisco nos ensina: “Manter o coração limpo de tudo o que mancha o amor, isso é santidade!”.
“Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”
Hoje, em um mundo de guerra, quem semeia a paz pode ser considerado herói. Precisamos ser artífices da paz com serenidade e criatividade. Papa Francisco nos diz: “Semear a paz ao nosso redor, isso é santidade!”. Eis aí o desafio de vivenciar o Evangelho. Aprendamos de Jesus o caminho para a santidade.
Que Deus o conduza por bons propósitos e até o próximo artigo!