É justo e bom entregar-se totalmente a Deus e crer absolutamente no que ele diz
Neste programa ‘Luz da Fé’, quero refletir com você sobre o número 150 do Catecismo da Igreja Católica, que nos ensina o seguinte:
Crer somente em Deus
150. A fé é, primeiramente, uma adesão pessoal do homem a Deus; é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o assentimento livre a toda a verdade que Deus revelou. Como adesão pessoal a Deus e assentimento à verdade que ele revelou, a fé cristã é diferente da fé em uma pessoa humana. É justo e bom entregar-se totalmente a Deus e crer absolutamente no que ele diz. Seria vão e falso pôr tal fé em uma criatura.
A Palavra de Deus nos traz o seguinte ensinamento: “Assim diz o Senhor: ‘Maldito a pessoa que confia no ser humano, que na carne busca a sua força e afasta do Senhor seu coração! Bendito aquele que confia no Senhor, o Senhor mesmo será sua segurança'” (Jr 17, 5.7).
Estamos diante de dois caminhos e temos de fazer a nossa escolha por um deles. Confiamos no Senhor e colocamos n’Ele nossa segurança ou depositamos nossa esperança na carne, na riqueza, no status que o mundo oferece. Veja: aquele que deposita sua confiança no Senhor é chamado de bendito pela Palavra de Deus. Ao contrário, aquele que escolhe depositar sua segurança no homem é chamado pela Palavra de maldito, portanto, aquele que vive na maldição.
Aquele que vive na maldição é alguém que se distanciou da bênção. Nós não queremos viver assim! Não queremos viver distantes da bênção. Pelo contrário, queremos viver na bênção. E o que é essa bênção para nós? O Catecismo da Igreja responde ao afirmar que “a fé é, primeiramente, uma adesão pessoal do homem a Deus”, ou seja, a bênção consiste nesse ato de aderir pessoalmente ao Senhor. Entre outras palavras, minha decisão pessoal por Ele.
Quantas vezes buscamos o Sacramento da Penitência e, durante a nossa confissão, começamos de forma equivocada a reclamar da falta de fé do nosso cônjuge ou dos filhos. Não! O Catecismo está nos ensinando que a fé é, primeiramente, uma adesão pessoal do homem a Deus. Sou eu que escolho o Senhor! Eu tomo a decisão pessoal de colocar n’Ele toda minha esperança e confiança, e assim eu vivo na bênção e não na maldição.
O equilibrista e o carrinho de mão
Conta-se que dois amigos ganhavam muito dinheiro fazendo um certo espetáculo. Um era um grande equilibrista, o outro era o encarregado por arrecadar o dinheiro que o povo doava durante as apresentações. Eles prenderam um cabo de aço entre dois edifícios e o equilibrista mostrava toda sua habilidade passando de uma ponta a outra do cabo.
Com o passar do tempo, as doações em dinheiro foram diminuindo. O povo acabou se cansando daquela apresentação. Era necessária uma novidade. Daí, o equilibrista teve a ideia de atravessar por aquele cabo com um carrinho de mão. O povo ficou maravilhado com aquilo e as doações novamente aumentaram.
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O tempo passou e as doações foram diminuindo novamente. O que fazer? O equilibrista pensou, pensou… E voltando-se para seu amigo diz: “Tive uma grande ideia! Hoje, farei a apresentação de me equilibrar sobre aquele cabo empurrando o carrinho de mão, mas com uma novidade: você, meu amigo, irá comigo sentado no carrinho de mão! Que tal?”.
O amigo olhou assustado para o equilibrista e respondeu: “Olha, eu sei que você é um excelente equilibrista, mas sentar nesse carrinho eu não sento de jeito nenhum!”.
Assim somos nós. Quantas vezes teimamos em “sentar nos carrinhos” que os homens conduzem! E daí, a gente se arrebenta. Temos que nos sentar no carrinho que Deus conduz. Isso é fé!
Fé é compreender que Deus está empurrando esse carrinho de mão e, em certo instante, diz a cada um de nós: “Sente-se nesse carrinho!”. Então, montamos nele e deixamos que o Senhor nos conduza em segurança, pois n’Ele podemos sempre confiar.
Um forte abraço!