O Catecismo da Igreja Católica, nos números 441 a 445, ensina-nos que “Filho de Deus, no Antigo Testamento, é um título dado aos anjos, ao povo da Eleição, aos filhos de Israel e a seus reis”.
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Contudo, o mesmo não acontece quando Pedro confessa Jesus como “o Cristo, o Filho do Deus vivo”, pois esse lhe responde com solenidade: “Não foi a carne e o sangue que te revelaram isso, e sim meu Pai que está nos Céus” (Mt 16,17).
Se Pedro pôde reconhecer o caráter transcendente da filiação divina de Jesus Messias, foi porque esse o deu a entender claramente.
Amor só se paga com amor
Os Evangelhos narram em dois momentos solenes – no Batismo e na Transfiguração de Cristo – a voz do Pai a designá-Lo como Seu “Filho bem-amado”. Jesus designa-Se a Si mesmo como “o Filho Único de Deus” (Jo 3,16), e afirma com esse título sua preexistência eterna. Exige a fé “em nome do Filho Único de Deus” (Jo 3,18). Essa confissão cristã aparece já na exclamação do centurião diante de Jesus na cruz: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus” (Mc 15,39), pois, somente no Mistério Pascal, o fiel cristão pode entender o pleno significado do título “Filho de Deus”.
Nesta Sexta-feira Santa, de modo especial, mergulhemos em toda a profundidade deste Mistério Pascal, que nos leva a entender o pleno significado da filiação divina de Jesus. O apóstolo Paulo, refletindo sobre esse Mistério, afirma: “Aliás, foi em virtude da Lei que eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Com Cristo, eu fui pregado na cruz. Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim. Minha vida atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2,19-20).
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Como nos ensina São João da Cruz: “Amor só se paga com amor”. Tendo esse ensinamento em mente, também somos impulsionados pelo Espírito Santo a declarar nosso amor a Jesus Crucificado, ao Filho Único de Deus que nos amou e se entregou por nós.
Vamos amar a Jesus?