Sexualidade

Qual a importância de vivermos a castidade todos os dias?

Acredite na castidade e no Direito Natural, não nas ideologias

Em nossa série de textos a respeito do Sacramento da Confissão, quando estávamos meditando no ensinamento de Jesus sobre a ofensa ao próximo no artigo “Você já parou para pensar o que é o pecado?”, não concluímos propositalmente a questão, enquanto estávamos tratando das formas que podemos ir contra o ordenamento natural referente à pessoa humana. Vimos somente uma parte. Vamos, hoje, à sua continuação, pois está intimamente ligado ao mandamento da castidade, que é o próximo da sequência dos mandamentos que nos propomos trabalhar essa semana.

“Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração.” (São Mateus 5,28)

Qual a importância de vivemos a castidade todos os dias

Foto Ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

Esse discurso de Jesus parece ser muito duro, especialmente nos tempos atuais, onde a oferta de sensualidade se encontra aos montes para qualquer lado que se olhe. A questão é que a sexualidade humana é algo profundamente sagrado, um dos pilares do direito natural, com uma mística esplendorosa. O mal quer destruí-la a todo custo, e hoje com um monte de ideologias.

Sacralidade do sexo

O sexo é sagrado e não deve ser profanado. Ele existe pela necessidade de uma base biológica, para a formação da comunidade humana por meio de uma família. O matrimônio sacramental é remédio para a sexualidade desordenada. Veremos em outro texto como é esse caminho de santidade.

Os pecados contra a castidade são atentados contra si e contra o próximo, pois se trata de algo que vai contra a vida e contra a dignidade humana. Qualquer pecado contra a castidade, por pensamento, palavras, obras, plenamente consentido e advertido é pecado grave por menor que seja aparentemente. Não existem pecados contra castidade leves em si.

A pornografia, a masturbação, os pensamentos eróticos, as carícias avançadas entre não casados entram destruindo a dignidade da nossa sexualidade e da do outro nos tornando traidores do nosso cônjuge e nos reduzindo a somente uma dimensão animal corporal sensitiva. Cria em nós os vícios para a infidelidade matrimonial e permeiam as nossas ações e relacionamentos de sensualidade e desonestidade. Isso porque não é possível separar a sexualidade da pessoa. Somos um todo assexuado.

Como nos demais textos da série, vamos aos exemplos.

Pornografia

Por exemplo, na pornografia, o rapaz se acostuma a utilizar a própria sexualidade para ter um prazer venéreo com uma mulher linda. Dez minutos depois, ele a troca por outra, e por outra, por outra… ao contrair matrimônio, já vai instalado nessa pessoa o vício da infidelidade.

Qualquer pornografia é grave! Mesmo ao ver televisão, se passa um comercial com elementos pornográficos, e nos detemos nele, tendo tido plena advertência e pleno consentimento, cometeu-se o pecado grave.

Os toques em outros ou em si para excitação, os beijos feitos para excitar, os pensamentos eróticos, os olhares detidos nos órgãos genitais do outro, tudo, após advertência e consentimento, é matéria de pecado grave.

Pensamentos eróticos imaginados com a esposa ou esposo é lícito desde que se ordene para a relação sexual próxima e com o mesmo. Esse pensamento sem possibilidade de contato sexual com o cônjuge, continuado, provocando excitação, é perigoso, pode culminar em pecados contra a castidade.

Precisamos estar atentos. Expor-se ao pecado, sem motivo grave e proporcional, sabendo que é fraco perante aquela situação, portanto, tendo uma enorme possibilidade de cair, já será pecado grave. Por outro lado, pode ocorrer de a pessoa ser um bombeiro, fraco ainda na castidade, mas com a missão de ter que apagar um incêndio em um prostíbulo. Nesse caso, a situação das pessoas no local é grave, e a força do ofício faz com que a malícia desapareça imediatamente. Nesse caso, é lícito ir.

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Roupas provocativas

Cuidado para não ser escândalo para outra pessoa. Vestimentas provocativas que se coloca ou ser uma pessoa religiosa que comete adultério ou um celibatário que tenha relações conjugais.

A vestimenta adequada para as mulheres seriam saias sobre os joelhos, camisas sempre com mangas, sem decotes, calças que não sejam justas, sem transparências. Para homens, calças que não sejam justas, camisetas não devem evidenciar os contornos, decotes, shorts curtos. Ambos cuidarem dos perfumes que podem excitar a sensualidade. Trajes de banho para praia e piscina, o mais conservador possível (maiô, shorts cobrindo as partes baixas), evitar aglomerações, cultivar descrição. Mesmo assim, se a pessoa se sentir provocada ao ir nesses locais, melhor não ir.

Direito Natural

Entra como pecado contra a sexualidade a esterilização voluntária por motivo fútil. Se for possível a reversão, após o arrependimento, é preciso tentar fazê-la. Por quê?

Para não aceitar as ideologias e abraçar o direito natural.

Para que a desordem seja generalizada, é preciso que as pessoas passem a ser instrumentos nas mãos daqueles que querem governar o mundo. Querem destruir a família, pois é nela que a pessoa aprende a virtude, os valores e a espiritualidade. Sem ela, o ser humano fica nas mãos daqueles que seduzem melhor, querendo subjugá-lo, querendo seu consumo, sua subserviência. Acima de tudo, querem tirar Deus da vida das pessoas. Para isso, se não destruir o direito natural, nunca conseguirão. E para destruí-lo, precisam tirar do coração das pessoas que existe um Criador e ordenador de todas as coisas, precisam destruir as famílias, e destruir a dignidade da sexualidade humana.

Inventam mil mentiras, incluindo uma suposta superpopulação mundial. Veja, toda a população do mundo, colocando cada ser humano em 1 m² cabe dentro do estado de Sergipe. Se der o terreno de uma casa para cada família do mundo, todos cabem dentro do estado de Minas Gerais. Como é possível que tão pouca gente cause tanto estrago no planeta? O aquecimento global trata-se de um movimento natural da vida do planeta. Não há nenhuma interferência humana nisso. Pesquise esses dados para ver, não acredite no que se fala maciçamente nos meios abertos de comunicação social.

No campo, um filho sempre foi força de trabalho. Na cidade, atrapalham. Imagine-se nascendo numa condição de vida muito difícil, sendo o décimo filho de uma família pobre (talvez até seja mesmo), que sofreu bastante até aqui, mas tendo ainda uma enorme possibilidade de ir para o paraíso, para junto de Deus… Melhor isso ou melhor não ter nascido?

Temos todos os instrumentos para viver castamente. Nosso Senhor tem o remédio para nós. Só precisamos fazer a coisa certa. E isso nós explicaremos na semana que vem.