amor

O casamento cristão não pode ser um egoísmo a dois

No casamento um precisa formar o outro e amar sempre

O casamento, instituído por Deus, é uma aliança de amor entre o homem e a mulher para uma comunhão total de duas vidas. “E o homem exclamou: Desta vez, sim, é o osso de meus ossos e carne da minha carne! Chamar-se-á mulher” (Gn 2,23).

Existe uma música do padre Zezinho que diz assim: “Se foi amor o que nos fez olhar na mesma direção. Se foi amor o que nos fez tomar a mesma decisão (…) Te amo e te amarei (…)”.

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

A base do matrimônio deve ser o Amor. “Deus é amor” e se faço o que faço por amor, então, estou no caminho certo. A união do homem e da mulher acontece por escolha e essa união forma uma verdadeira comunhão de pessoas, porém, a união se faz na linha da reciprocidade, do dar-se, homem e mulher, um ao outro.

Jesus confirmou: “por isso deixará o homem, o pai e a mãe e se unirá à sua mulher e se tornarão uma só carne”. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Não separe, pois o homem, o que Deus uniu. Quem abandona sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra ela. E se a mulher abandona o marido e se casa com outro, comete adultério” (Mc 10,7-9,11-12).

A união entre o homem e a mulher é semelhante à união entre Cristo e a Sua Igreja. “É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e sua Igreja, cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo e a mulher respeite o seu marido” (Ef 5,33).

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A união matrimonial válida entre batizados é um sacramento, sinal da graça salvadora de Cristo para santificar a comunhão de vida dos esposos. Quando se casa, é para fazer o outro feliz, satisfeito, encaixado. No matrimônio um precisa formar o outro e amar sempre, mesmo quando já não se sente correspondido, “pois o marido não-cristão fica santificado por sua mulher cristã, e a mulher não-cristã fica santificada por seu marido cristão” (1 Cor 7,14). O amor deve ser intenso a ponto de ser doação. Essa doação é concreta, na rotina do dia, nos pequenos fatos da vida: pegar a toalha do banho que sempre se esquece, guardar o sapato que fica espalhado, guardar o melhor pedaço do bolo, calar-se quando se tem vontade de falar, cuidar na enfermidade, ter paciência nos dias nervosos, ser sempre orante e assim por diante. Uma comunhão de vida só se estabelece mediante um ato consciente e livre; se estou fazendo é porque amo.

Como sacramento, o casamento é uma ação de Cristo que torna sólida e definitiva a troca de consentimentos entre noivos e estabelece um vínculo indissolúvel. “Não separe o homem o que Deus uniu”, disse Jesus (Mc 10,9). O matrimônio católico é uma manifestação da fé em Jesus Cristo Salvador e não um contrato social.

Sendo o matrimônio uma comunhão de duas vidas, mediante um amor fecundo, não podem os noivos ter a intenção de unirem-se com a exclusão total da possibilidade de ter filhos. O matrimônio cristão não pode ser um egoísmo a dois. Nos casamos para viver em santidade, ser uma extensão da família de Nazaré. Que possamos todos os dias pedir o auxílio da Sagrada Família para vivermos bem o nosso Matrimônio.

“Jesus, Maria e José, minha família Vossa é, meu casamento vosso é!”.

 


Paulo Victor e Letícia Dias

Cirurgião-dentista de formação, Paulo Victor foi membro da Comunidade Canção Nova como apresentador, locutor e radialista. Atualmente, ele mora em Campo Grande (MS). É empresário e casado com Letícia Dias.

Letícia Dias é Gerente de Conteúdo e estudante de Letras/Libras com foco na Educação Especial. Foi membro da Comunidade Canção Nova como apresentadora de programas. Hoje, ela mantém uma agitada rotina familiar. Letícia tem um filho caçula que nasceu com Síndrome de Down, e isso a refaz todos os dias.

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