Mesmo após mais de dois milênios de cristianismo, muitos católicos ainda ficam em dúvida sobre a resposta ao questionamento feito no título.
Aproveitaremos este mês de Maio, mês das mães, das noivas e de Nossa Senhora para sanar de vez essa questão.
Antes de responder, relembramos alguns pontos da História da Igreja:
● Deus é Uno e Trino: Pai, Filho e Espírito Santo;
● Jesus é o Filho;
● Jesus fundou a Igreja Católica, tendo como pedra fundamental o Apóstolo Pedro (o primeiro Papa);
● A Bíblia Cristã é composta por Antigo Testamento (Antiga Aliança) e Novo Testamento (Nova Aliança). Esse último, com uma coletânea de 27 livros (quatro Evangelhos e Atos dos Apóstolos, Cartas de Paulo, Carta aos Hebreus, Cartas Católicas e Apocalipse) escritos originalmente em grego e aramaico e traduzido ao Latim por São Jerônimo (a pedido do Papa Damaso, século IV);
● A Igreja, em seu magistério, tradição e sucessão apostólica; é autora e guardiã da Palavra de Deus. Bem como tem a Chave do Reino dos Céus: “Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu” (Mt. 6, 19).
Dogma mariano: Maria Mãe de Deus
Ou seja, é dever da Igreja Católica (conduzida pelo Papa) levar os ensinamentos de Cristo aos confins do mundo. E, para isso, além da Bíblia, define dogmas, escreve Exortações Apostólicas, Beatifica, Canoniza, dá títulos etc. Um dos títulos que a Igreja deu à Maria foi a de “Mãe de Deus” (em grego, Theotokus. Em latim, Mater Dei), no Concílio de Éfeso (em 431). E esse, também, é um dos dogmas marianos da Igreja (os outros são: virgindade perpétua, imaculada conceição e assunção).
Na Sagrada Escritura, encontramos diversas passagens que nos ensinam sobre a Maternidade Divina de Maria. Cito três, uma do Antigo e outras duas do Novo Testamento:
● Em Isaías 7, 14, o profeta declara que o filho da Virgem será divino: “Por isso, o Senhor, por sua conta e risco, vos dará um sinal. Olhai: a Virgem está grávida e vai dar à luz um filho, e há de pôr-lhe o nome de Emanuel (Deus Conosco)”.
● Na anunciação, “Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus” (Lucas 1, 35b). E, na visita de Maria à Isabel (Lc 1, 43): “E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?”.
Em suma, se Maria foi a escolhida por Deus para gestar, dar à luz, criar e ensinar Jesus, então, Ela foi escolhida para ser a Mãe de Deus.
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Maria é a nossa grande intercessora
E, o melhor, Jesus (em sua crucificação) deu-nos uma Mãe Celestial: “Mulher, eis o teu filho! Depois, disse ao discípulo: eis aí tua mãe!” (João 19, 26b-27a).
Em todos os momentos (assim como nas bodas de Caná), lembre-se de que temos uma Mãe que intercede por nós. Uma mãe que nunca deixa faltar o necessário aos filhos, ainda mais Nossa Senhora que vê o nosso interior, cuida de nós e sabe de tudo o que nos acontece.
Na Canção Nova, o Monsenhor Jonas Abib nos diz que Maria é quem tudo fez e quem tudo faz.
Como Mãe “é Mestra em formar o homem novo, a mulher nova, fazendo chegar à estatura adulta de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela sabe fazer vir à tona, em nós, tudo aquilo que necessita de cura, para que Jesus entre em ação e nos cure, venha à tona e se manifeste. Ela é Mestra nisso!” (ND-1319).
Então, não percamos tempo! Peçamos à Mãe que o Filho atende!