O Compêndio é uma versão sintética do conteúdo do Catecismo da Igreja Católica. Em forma de perguntas e respostas, trata-se de uma versão popular, breve e direta da doutrina da Igreja, ou seja, daquilo que ela crê e vive.
“O objetivo do Compêndio é proporcionar aos católicos e outras pessoas interessadas uma explicação clara e direta da doutrina da fé católica, sem entrar em discussões ou exposições teológicas” (Dom Odilo Pedro Sherer, secretário geral da CNBB).
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica
Confira, a seguir, alguns tópicos do Compêndio (da sessão: Os dez mandamentos):
466. Por que a vida humana deve ser respeitada?
Porque é sagrada. Desde seu início ela comporta a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. A ninguém é lícito destruir diretamente um ser humano inocente, sendo isso gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador. “Não mates o inocente nem o justo” (Ex 23,7). (2258-2262 2318-2320).
470. O que proíbe o quinto mandamento?
O quinto mandamento proíbe como gravemente contrários à lei moral:
– o homicídio direto e voluntário, e a cooperação com ele;
– o aborto direto, querido como fim ou como meio, bem como humano, desde sua concepção, deve ser respeitado e protegido de modo absoluto em sua integridade;
– a eutanásia direta, que consiste em pôr fim, com um ato ou omissão de uma ação devida, à vida de pessoas deficientes, doentes ou próximas da morte;
– o suicídio e a cooperação voluntária com ele, porquanto é uma ofensa grave ao justo amor de Deus, de si e do próximo; quanto à responsabilidade, ela pode ser agravada em razão do escândalo ou atenuada por particulares distúrbios psíquicos ou grave medo. (2268-2283 2321-2326)
471. Quais procedimentos médicos são consentidos quando a morte é considerada iminente?
Os cuidados que ordinariamente se devem a uma pessoa doente não podem ser legitimamente interrompidos. São, porém, legítimos o uso de analgésicos, que não tenham a morte como objetivo, e a renúncia à “obstinação terapêutica”, ou seja, a utilização de procedimentos médicos desproporcionais e sem razoável esperança de êxito positivo. (2278-2279)
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472. Por que a sociedade deve proteger todo embrião?
O direito inalienável à vida de todo indivíduo humano desde sua concepção é um elemento constitutivo da sociedade civil e da sua legislação. Quando o Estado não põe sua força a serviço dos direitos de todos e em particular dos mais fracos, entre os quais os concebidos ainda não nascidos, minam-se os fundamentos mesmos de um Estado de direito. (2273-2274)
475. Quando são moralmente legítimas as experiências científicas, médicas ou psicológicas com pessoas ou com grupos humanos?
São moralmente legítimas se estão a serviço do bem integral da pessoa e da sociedade, sem riscos desproporcionais para a vida e a integrada física e psíquica dos indivíduos, oportunamente informados e conscientes. (2292-2295)
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