Todos nós, sem exceção, fomos criados para a glória de Deus
O Catecismo da Igreja Católica, no número 293, traz-nos o seguinte ensinamento: Eis uma verdade fundamental que a Escritura e a Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: “O mundo foi criado para a glória de Deus”.
Em nossa página na Internet, conhecida como cancaonova.com, temos o Canal Formação, com um conteúdo formativo muito vasto e enriquecedor para a alma. Nesse canal, temos vários colunistas que escrevem seus artigos formativos para esse meio de evangelização. Dentre esses colunistas, temos Paulo Victor e Letícia Dias, um casal pelo qual tenho um carinho e enorme admiração.
Certa vez, tive a oportunidade de ler um artigo escrito por eles, cujo título era: “Deus está atento as nossas palavras e atitudes”. Nesse artigo, há um subtítulo que me chamou muito a atenção: “Vislumbres de um Deus sábio e amoroso”. Peço licença a você para compartilhar um trecho desse artigo, pois ele tem tudo a ver com o que nos ensina, hoje, o Catecismo da Igreja:
Vislumbres de um Deus sábio e amoroso
“O elefante é o único animal cujas pernas dianteiras se dobram à frente. Por quê? Porque, de outra forma, seria difícil para ele levantar-se, por causa do seu peso. Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras; e as vacas, as traseiras? Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira? Deus.
Esse mesmo Deus que coloca certa quantidade de carvão nas entranhas do solo e, mediante a combinação do fogo e a pressão dos montes e das rochas, transforma esse carvão em resplandecente diamante, que vai fulgurar na coroa dos reis ou no diadema dos poderosos!
Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença entre um período e outro é sempre de sete dias? Porque o Criador sabe como deve regular a natureza e jamais comete engano.
Ele determinou que as ondas do mar se quebrem na praia à razão de 26 por minuto, tanto na calma como na tormenta. A sabedoria divina revela-se, ainda, nas coisas que poucos notam: a laranja possui número par de gomos; a espiga de milho tem número par de fileiras de grãos; a cacho de bananas tem, na última fila, número par de bananas, e cada fila de bananas tem uma a menos que a anterior. Desse modo, se uma fileira tem número par, a seguinte terá número ímpar. A ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número par.
Outro mistério que a ciência ainda não descobriu: enormes árvores, pesando milhares de quilos, apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes. Ninguém até agora conseguiu descobrir esse princípio de sustentação, a fim de aplicá-lo em edifícios e pontes. Não é maravilhoso?
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Mas há uma maravilha ainda maior! O Criador toma o oxigênio e o hidrogênio, ambos sem cheiro, sem sabor e sem cor, e os combina com o carvão, que é insolúvel, negro e sem gosto. O resultado, porém, é o alvo e doce açúcar.”
Fiz questão de compartilhar com você um bom trecho desse artigo, para que possamos compreender que essas curiosidades da natureza, esses detalhes da obra da criação existem com um objetivo fundamental: para a glória de Deus. Todas essas coisas revelam o quanto Deus é glorioso, amoroso e perfeito em tudo aquilo que faz. Em tudo isso, podemos experimentar a beleza da sabedoria divina.
O convite do Espírito Santo para cada um de nós é que, ao longo desta semana, possamos louvar e bendizer a Deus por essas maravilhas da Sua criação, maravilhas essas que manifestam a Sua glória.
O bambu e o carvalho
Diante disso, aproveito para contar a você essa historinha do bambu e do carvalho:
Próximo de um córrego, havia um grande carvalho. Era uma árvore forte, com o tronco grosso e maciço. Do outro lado do riacho, crescia um bambu delicado e frágil. Um dia, o carvalho começou a se exibir para o bambu:
– Morro de pena de você, coitadinho! É tão fraco que não aguenta nem o peso de um passarinho. Qualquer brisa o faz abaixar até o chão! Comigo é o contrário: Nos meus galhos, há ninhos em quantidade e ouço o canto dos pássaros o dia todo, a mais forte tempestade nunca me tirou do lugar.
O bambu só escutava, quietinho, sem nada responder. E o carvalho continuava se gabando, todo exibido:
– Se ao menos tivesse nascido ao meu lado, eu o abrigaria e protegeria com minha copa. Mas está aí na outra margem. Tão desprotegido, pobrezinho!
– Suas palavras são ditas pelo seu bom coração e eu agradeço, mas a natureza não foi tão cruel comigo – rebateu, finalmente, o bambu. O vento me maltrata, mas não me quebra, quando passa, levanto-me de novo.
– Você é que pensa! – debochou o carvalho arrogante, sacudindo sua folhagem verde como se fosse um manto. Nessa hora, o céu escureceu e começou um forte temporal. Os relâmpagos e as rajadas de vento eram violentíssimos. Atingido em cheio por um raio, o carvalho se estatelou no chão. Suas raízes foram arrancadas e sua copa voou longe. O humilde bambu se curvou às forças da natureza e resistiu. Quando tudo se acalmou, ele se ergueu uma vez mais para o céu azul.
Nessa simples historinha, aprendemos sobre a importância da humildade, de reconhecer que o mundo e todos nós, sem exceção, fomos criados para a glória de Deus. Não há razão para nos gabarmos! Tudo na nossa vida deve ser somente para a honra e a glória do Senhor.
Concluo essa reflexão com a seguinte frase do sábio da antiguidade chamado Sêneca: “Aquele que vê o amanhecer orgulhoso verá o anoitecer prostrado”. Pensemos nisso!
Um forte abraço!