O mistério da fé requer um conhecimento profundo e uma consciência da Verdade de Cristo que poucos de nós alcançam efetivamente. Por isso, para explicar o Reino dos Céus e outros ensinamentos, Jesus preferiu falar ao povo por meio de parábolas, para que as lições possam atingir diretamente seus corações e serem melhor absorvidas. Podemos tirar várias lições de cada parábola que, no entendimento completo, se convertem em verdadeira sabedoria. São lições de caridade, esperança, honestidade, caráter, entre outras, que se traduzem no amor à Deus e ao próximo.
O Discurso das Parábolas é o terceiro pronunciamento de Jesus Cristo descrito no livro de Mateus, também encontrado nos livros de Marcos e Lucas, e é composto por parábolas sobre o Reino do Céus. Os três evangelistas relatam o mesmo trecho inicial: a parábola do semeador e o questionamento dos discípulos: “Por que lhes falas em parábolas?” (Mt 13, 10). Jesus, então, nos ensina sobre como acolher da Palavra de Deus. O capítulo 13 do livro de Mateus traz ainda as parábolas do joio e do trigo, do grão de mostarda e o fermento, do tesouro e a pérola e da rede. Falemos sobre a riqueza do Discurso das Parábolas nos encontros de catequese.
Como utilizar das parábolas nos encontros?
Nos encontros de catequese, mais do que fazer a leitura das parábolas, o estudo do Capítulo 13 do Livro de Mateus – como sugerido, mas não exclusivamente – é uma oportunidade para o diálogo. É necessário que a catequese não seja um mero discurso do catequista, mas um encontro de reflexão e trocas de experiências entre os participantes. Assim, uma boa proposta é que as leituras das parábolas sejam feitas pelos próprios catequizandos e explicadas por eles, o que cada um entendeu, os motivos e como isso é aplicado na nossa vida cotidiana. Claro que o catequista deve estar atento e conduzir as reflexões. Mas, acima de tudo, fazer desses encontros um momento especialmente de diálogo.
Ensina-nos o Papa Bento XVI que “No fundo, a verdadeira «Parábola» de Deus é o próprio Jesus, a sua Pessoa que, no sinal da humanidade, esconde e, ao mesmo tempo, revela a divindade. Desse modo, Deus não nos obriga a crer n’Ele, mas atrai-nos a Si com a verdade e a bondade do Seu Filho encarnado: com efeito, o amor respeita sempre a liberdade”. Portanto, ensinar em parábolas é ensinar como Cristo e sobre o Cristo.
Leia mais:
.: Na parábola do filho pródigo, quem é você?
.: O objetivo das parábolas em transcender as realidades
.: O que as parábolas e os contos de fadas têm em comum?
.: Jesus explica, através das parábolas, o conceito de dívidas e crédito
Transforme os catequizandos em ouvintes da Palavra
Que possamos transmitir a mensagem de Jesus Cristo com clareza suficiente para que alcance os corações de nossos catequizandos para que eles, por sua vez, sejam testemunhas da Verdade e anunciadores do Evangelho. Que assim seja! Bons encontros!
REFERÊNCIAS
BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.
BENTO XVI. Angelus. Itália, 10 jul. 2011.