7 pecados capitais

O pecado da ira nos impede de construir um mundo melhor

O remédio para combater a ira é o perdão

Dando continuação a nossa série de estudos sobre os pecados capitais, tomemos conhecimento agora sobre o pecado da ira e o remédio para combatê-lo, o perdão.

Sem sombra de dúvida, amar o inimigo foi um mandamento revolucionário e contraditório do ponto de vista humano. Amar o inimigo foi um grande legado deixado por Jesus. Este mandamento contradiz a lógica humana. No seu tempo, foi um escândalo, talvez o seja até hoje.

O pecado da ira nos impede de construir um mundo melhor

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

A própria história é testemunha que a violência só gera violência. O resultado do ódio é sempre a destruição. Do contrário, também é verdadeiro. Onde o amor faz morada, reina a paz e tudo se transforma. Não é por acaso que Jesus revolucionou a humanidade com o mandamento: “amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus, porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. (Mt 5,44).

Disse ainda: “Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicamos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos?” (Mt 5,46-47). Aqui está a grande diferença dos cristãos, amam até seus inimigos. Este amor que tem a capacidade de mudar o mundo.

A lição do perdão é o único caminho para o se implantar o reino de irmão que vivem o amor. Sem a vivência no amor, a única coisa ser implantada é a guerra, a divisão e a destruição.

Perdão

Como temos visto, o remédio para combater a ira é exatamente o perdão, e para o perdão não existe limite. Lembremos quando Pedro se aproximou de Jesus e lhe perguntou: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete (Mt 18,21-22). Sete é o número dos sacramentos da Igreja, sete também é interpretado como número da perfeição. Aqui, neste contexto, significa que se deve perdoar sempre. Perdoar desmedidamente, isto é, sem medida.

Ensina-nos professor Felipe Aquino que “o perdão é a face mais bela da caridade. Deixemos a vingança por conta da justiça de Deus; não queiramos fazê-la com as nossas próprias mãos, pois elas ficarão manchadas. Deus fará cumprir toda a justiça”. São Paulo ensinou isso aos cristãos de Roma: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai-os e não os praguejes (…). Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Não vos vingueis uns aos outros, caríssimos, mas deixai agir a ira de Deus, porque está escrito: A mim a vingança; a mim exercer a justiça, diz o Senhor (Dt 32,35).” (Rom 12,14-19).

Essa é a força do amor e da não violência quem vence; portanto, meus irmãos, deixemo-nos curar da doença da ira para, então, vivermos em paz e construirmos um mundo melhor onde a guerra já não faça mas parte de nossa vida. A ira nos causa sempre prejuízo. São Francisco de Sales uma vez disse: “Eu nunca me deixei conduzir pela ira sem que logo me tenha arrependido”; portanto, irmãos, vivamos o perdão, vivamos o amor.