Monsenhor Jonas Abib

A Missa é um banquete íntimo e sagrado

Se quisermos ter a vida em nós mesmos, vida plena e eterna; se quisermos ressuscitar com Jesus no último dia, precisamos da Eucaristia, precisamos comungar, frequentemente, e adorar Jesus no Santíssimo Sacramento, para vencer com Ele e ressuscitar no último dia. Participando vivamente do sacrifício da Missa, onde Jesus renova para nós o mesmo sacrifício do Calvário e comungando Seu Corpo e Sangue, teremos a vida eterna e a certeza de que Ele nos ressuscitará no último dia.

Em cada Missa, Jesus nos faz esse convite: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo”. É por isso que nossa participação, na celebração eucarística, precisa ser profunda e fervorosa, pois é o próprio Jesus que se dá nessa ceia.

Nesse mesmo trecho do Apocalipse, o Senhor nos diz: “Quanto a mim, repreendo e corrijo todos a quem amo. Sê, pois, fervoroso e arrepende-te!”.

Cremos que, em cada Missa, Jesus renova o Seu sacrifício, aquele mesmo realizado por nós no calvário. Mas, infelizmente, a nossa fé não tem sido traduzida em atos.

A Missa é um banquete íntimo e sagrado

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

A Missa é um sacrifício

A ordem de Deus, por meio da Palavra, é “sê, pois, fervoroso e arrepende-te”. Temos sido muito relaxados. Muitas pessoas vão à Missa, mas não participam, não se colocam inteiramente na celebração, estão somente de corpo presente, vão só por obrigação.

Nossa mentalidade precisa ser mudada! Em cada Missa, o Senhor quer cear e ter um contato íntimo conosco. A Missa é um banquete íntimo, onde Jesus põe sobre a mesa o Seu próprio corpo e Seu próprio sangue. É mais do que um banquete, é um sacrifício.

“A Missa é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o memorial sacrifical no qual se perpetua o sacrifício da Cruz, e o banquete sagrado da comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor. Mas a celebração do Sacrifício Eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo pela comunhão. Comungar é receber o próprio Cristo que se ofereceu por nós” (Catecismo da Igreja Católica n.1382).

Receber Jesus Eucarístico é um privilégio!

Jesus renova o Seu sacrifício para nós pessoalmente, como família e como Igreja. Temos o privilégio de receber Jesus na Eucaristia. Precisamos valorizar esse tesouro.

Os primeiros cristãos celebravam a Eucaristia até mesmo nos tempos difíceis de perseguição. Faziam isso de forma clandestina, às escondidas. A Eucaristia era levada também àqueles que não podiam estar na celebração, porque estavam longe e não tinham como chegar, ou estavam na prisão esperando o martírio.

Hoje, temos muitos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, que levam Jesus aos hospitais e asilos, para as pessoas que estão impossibilitadas de sair de casa: Jesus quer chegar a todos sem exceção.

Leia mais:
.:A Eucaristia, sustento para suportar as aflições
.:A Eucaristia é parusia, presença real de Jesus Cristo
.:Eucaristia e confissão, armas espirituais contra a tentação
.:Exame de consciência, o roteiro de uma boa confissão

São Tarcísio

São Tarcísio, mártir da Igreja, por volta do ano 258, morreu ao tentar levar a Sagrada Comunhão aos cristãos condenados à morte, pela perseguição de Valeriano, imperador de Roma.

Nas prisões, à espera do martírio, eles desejavam, ardentemente, poder fortalecer-se com Jesus Eucarístico. Essa forma de ministrar a Eucaristia era chamado viático, isto é, “conforto na viagem para a eternidade”. O difícil era entrar nas cadeias para levá-lo.

“Na véspera de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes a eles. Foi então que o acólito Tarcísio, com doze anos de idade, ofereceu-se para essa piedosa tarefa. Não faltaram objeções sobre sua idade, mas Tarcísio se dizia preparado, e afirmava que, pela sua pouca idade, passaria desapercebido, como um parente próximo das vítimas. Ele ainda dizia: ‘Antes de morrer, quero entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos’.”

Trecho extraído do livro “Eucaristia: Nosso Tesouro“, de Monsenhor Jonas Abib.

banner_espiritualidade