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Você sabe o que é diabetes gestacional?

A diabetes gestacional é a alteração de glicemia diagnosticada, pela primeira vez, durante a gravidez. É mais comum que ela apareça a partir dos 6 meses e persista até o final da gravidez. A insulina é o hormônio responsável por controlar o nível de açúcar na corrente sanguínea, esse é fabricado no pâncreas e é tido como uma espécie de “chave” para abrir as “fechaduras das células”, assim permitindo a entrada da glicose, usada para gerar energia. Geralmente, a diabetes gestacional aparece porque os hormônios da gravidez interferem nesse processo.

Se a glicose não consegue entrar nas células, ela se acumula no sangue, causando a diabetes. É importante ressaltar que, no caso da gravidez, a mãe precisa produzir mais insulina para dar conta daquele outro corpinho que está ali. Quando a mulher tem diabetes gestacional, o pâncreas se mostra incapaz de fazer esse papel pela mãe e pelo bebê.

Foto Ilustrativa: by Getty Images / Jovanmandic

 Riscos e sintomas da diabetes gestacional

Isso pode trazer riscos para a saúde do bebê, pois quando ele é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no útero da mãe, há maior risco de desenvolver obesidade e diabetes no futuro. Além disso, ele pode sofrer crescimento excessivo (macrossomia fetal), dificuldades no parto e hipoglicemia neonatal.

– Sede constante;
– Vontade frequente de urinar;
– Cansaço.

Fatores de risco

– Gestação em idade mais avançada;
– Ganho de peso excessivo na gravidez;
– Pressão alta;
– Triglicérides alto;
– Colesterol alto;
– Sobrepeso ou obesidade;
– Síndrome dos ovários policísticos;
– Histórico familiar de diabetes;
– Gravidez de gêmeos;
– Diabetes em gestações anteriores.

Como prevenir a diabetes gestacional

Mesmo que o problema seja mais recorrente a partir do segundo trimestre de gestação, especialistas recomendam que o exame de glicemia de jejum seja realizado logo nos primeiros três meses, para identificá-lo numa fase precoce. A diabetes pré-gestacional que acontece logo na fertilização, caso não seja tratada desde o início, pode causar complicações severas ao bebê, como retardo no crescimento e problemas congênitos. No caso da mãe, a alta taxa de glicose no sangue pode favorecer o aparecimento de infecções.

O exame é importante porque, geralmente, a doença não apresenta sintomas evidentes, apenas alguns sinais que podem ser confundidos facilmente com a gravidez, como cansaço, apetite acima do normal e vontade mais frequente de urinar.

Há outros dois fatores que podem indicar o aparecimento da doença: crescimento acelerado e anormal da criança e o aumento no nível do líquido amniótico, responsável por envolver o bebê, preenchendo a bolsa amniótica. Esses sinais podem ser identificados por um exame de ultrassom.

Alguns fatores podem ser tidos como catalisadores para o surgimento da doença, como obesidade ou ganho de peso excessivo durante a gestação, idade materna avançada (superior a 35 anos), casos na família em parentes de primeiro grau, pré-eclâmpsia, hipertensão, síndrome do ovário policístico e baixa estatura (inferior a 1,5 m).

Como tratar a diabetes gestacional

O tratamento é feito à base de uma dieta rica e variada, além da prática de atividades físicas. Somente 20% das gestantes precisam fazer a aplicação da insulina para regular os níveis de glicose no sangue: nesse caso, não há riscos para a gestante nem para o bebê.

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Caso a paciente já possua a doença antes de engravidar, é importante que ela planeje a gestação, visto que a maioria dos remédios utilizados para controlar o hormônio são contraindicados durante a gravidez. Mesmo que a diabetes desapareça, em média, num intervalo de três a quatro dias após a paciente dar à luz, pacientes que uma vez desenvolveram a condição durante a gestação têm maior propensão para tornarem-se diabéticas posteriormente, além de terem mais chances de apresentar o mesmo problema em uma próxima gravidez.


Heda Cristina Bilard

Graduada em Enfermagem pela UNIFATEA, Heda Carvalho tem especialização em Saúde Publica pela UNITAU, Obstetrícia pela UNIVAP e Administração Hospitalar pela Universidade São Camilo, áreas na qual possui vasta experiência de 10 anos. Ela trabalhou como Coordenadora na Saúde Pública de Guaratinguetá, foi Gerente de Enfermagem na Santa Casa de Lorena e Aparecida. Atualmente, é fundadora da assessoria para mães e bebês “CASULO”, sendo especialista em Educação Perinatal, Shantala, Laserterapia, Aromaterapia e Doulagem.

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