A exposição solar do bebê requer cuidados específicos, já que o sol emite raios UVA e UVB responsáveis por danos causados na pele, que causam alterações que promovem a desidratação, queimaduras e o aparecimento de manchas.
Pequenos passeios ao ar livre, que não incluam a praia, exigem, igualmente, proteção da pele e cuidados específicos. Antes dos seis meses de idade, os bebês não devem ser expostos diretamente ao sol, mas é saudável que passem algum tempo ao ar livre.
Os banhos de sol para a pele do bebê
Os banhos de sol podem ser importantes para o desenvolvimento dos bebês, porque ativa a produção de vitamina D, necessária para facilitar a absorção do cálcio presente no leite e para degradar o pigmento (bilirrubina) que está na origem da icterícia, encontrado no sangue.
Até os 6 meses, o uso de protetor não é aconselhado. A recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria é que, até essa idade, a criança não use o produto, porque a pele é muito fina e sensível, com maior risco de desenvolver alergias. Portanto, é indicado não expor o bebê diretamente ao sol. Use outros métodos de barreira, como as roupas com fator de proteção ultravioleta (FPU) nos momentos em que não há mesmo como evitar os raios solares. Lembre-se de que, mesmo se o seu filho estiver embaixo do guarda-sol ou de árvores, ele precisa de proteção já que recebe radiação do sol.
Como passar o protetor solar?
Não espere chegar na praia ou na borda da piscina para aplicar o protetor no seu filho (pense no estresse que é passar corretamente o protetor com a criança querendo correr para a água). Faça isso 20 minutos antes da exposição ao sol, para que o produto tenha eficácia. O melhor é deixar a criança sem roupa e aplicar de maneira uniforme, em sentido único e não circular, e sem esquecer das dobrinhas, orelhas e peito do pé. Para garantir proteção máxima, vale passar duas camadas na primeira aplicação do dia. Se ela ficar mais de meia hora na água passe o produto novamente. E reaplique a cada duas horas e após banho de imersão. Mas os cuidados não param por aí: é preciso evitar o sol entre 10 e 16 horas e lançar mão de roupas e chapéus, que também podem proteger seu filho.
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Posso levar o bebê para a praia?
Sim, os especialistas recomendam o passeio a partir dos 6 meses, com todos os cuidados de proteção que citamos. E, principalmente respeitando o horário entre 10 e 16 horas já que mesmo na sombra (ou em dias nublados) os raios solares estão presentes. As nuvens, por exemplo, só bloqueiam a luminosidade. Na hora de brincar, o bebê deve ficar embaixo do guarda sol e mais próximo da parte úmida da areia. Isso porque, na porção seca, há mais concentração de fezes de animais, que podem conter ovos e larvas causadoras de bichos geográficos. Após a brincadeira, o excesso de areia deve ser retirado para evitar problemas na pele.
Bebê na piscina, pode?
O ideal é esperar o bebê completar 6 meses (idade inclusive que Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam para a criança começar as aulas de natação). Isso porque, a partir dessa idade, o conduto auditivo (parte interna do ouvido), que até então era reto, forma uma curvatura, dificultando a entrada da água e reduzindo as chances de infecção. Além disso, o bebê também já estará imunizado contra alguns agentes. Mas é preciso alguns cuidados. Uma delas é observar se a água é limpa todos os dias, se as crianças tomam uma ducha antes de entrar na piscina e se os bebês usam fralda específica. Fique de olho se a piscina tiver cloro, já que esse produto pode irritar os olhos, maltratar os cabelos e a pele.
Orientação de um especialista:
Doutor Jorge Huberman ( pediatra e neonatologista do Hospital Albert Einstein): O uso de 95% das marcas de protetores solares infantis somente são aconselhados a partir dos 6 meses, apenas um ou dois são indicados para bebês com idade inferior. Mas pode ser extremamente perigoso, porque a pele de uma criança novinha é supersensível e não se sabe de prontidão a quais substâncias ela pode ser alérgica. Até cremes hidratantes, colônias e amaciantes de roupas podem desencadear reações alérgicas. Já atendi um caso de uma mãe que sempre passou no seu bebê uma determinada marca de protetor, mas, durante uma viagem, precisou passar uma camada de repelente para protegê-lo dos mosquitos, e essa mistura gerou uma alergia na pele do filho. Por isso, indico sempre aquelas roupas com proteção solar, um boné, para proteger o rostinho. Desta forma, a criança estará superprotegida.