São tantos problemas que vemos, tantas situações difíceis ao nosso redor, intenções pelas quais rezamos por anos a fio, e nada! Então, por que ainda rezo?
Eu rezo, porque acredito na vida eterna. Acredito em Deus. Acredito que Deus nos criou por amor, que infundiu em nós Sua semelhança, até o livre-arbítrio, que tanto nos atrapalha às vezes. Eu rezo, porque acredito que a vida não é só aqui nesta terra, mas que a verdadeira vida vem depois, na ressurreição, a vida eterna, no Céu. Na presença de Deus, onde não haverá mais choro, lágrimas nem dor.
Rezo, porque sei que o pecado original estragou tudo de mais belo que Deus pensou, mas também creio que esse mesmo Deus já pagou esta nossa dívida, enviando Jesus para morrer no nosso lugar, e que, sendo Ele o Deus encarnado, esse pagamento vale, e vale muito!, para todos os homens que aceitarem essa salvação; e, então, tomarão posse da dívida paga. Creio que o lugar que merecíamos pelo pecado (o inferno) não contará mais com nossa presença, mas o lugar para o qual fomos criados nos receberá de volta: o Céu.
Eu ainda rezo, porque eu creio!
Creio que, por amor, fomos resgatados naquela cruz. Creio que, ressuscitado, Jesus enviou o Espírito Santo para suportarmos aqui, até que chegue nossa vez de morrer e ressuscitar. Creio no lugar que Ele foi preparar para nós e que virá uma segunda vez para resgatar e fazer novas todas as coisas, como sempre foi seu desejo para nós.
Creio que muitos ainda serão salvos e ganharão o Céu graças a essa oração que faço e que tantas pessoas pelo mundo fazem sem desistir. Creio na comunhão dos santos, uma comunhão que é sobrenatural, lógico, mas que une minha oração com a oração perdida pelo mundo afora, de cada um dos que creem também.
Creio que a força da oração não depende da força do nosso físico nem da beleza das nossas palavras, mas que, talvez, a oração mais eficaz seja aquela que fazemos quando não temos mais forças, quando dizemos a Deus: “Não sei mais como rezar por essa situação”. Talvez, a oração mais poderosa seja aquela em que oferecemos nossas dores, onde choramos escondido, onde pedimos forças para não parar de lutar.
A oração do coração
Talvez, a oração que mais tenha poder seja aquela que eu e você fazemos quando dizemos: “Por que ainda rezo? Por que, Senhor? Para onde está indo minha oração?”. Talvez, a oração que mais vai salvar almas sejam as lágrimas que correm agora dos meus olhos e dos seus. Talvez, a mais bela oração seja aquela que fazemos por aqueles que ainda não aceitaram a salvação e seguem (in)felizes rumo à perdição eterna.
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Por que, então, ainda rezo?
Porque creio! Creio, Senhor! E, com Tua graça, quero crer até o fim. Creio, porque somos e precisamos ser fermento na massa. Creio, porque Tu me dás essa graça, e não a quero perder.
Como São Tomé, digo hoje: “Eu creio, Senhor, mas aumenta minha fé!”.
Partilho, ao final, uma jaculatória que sempre rezo em momentos muito difíceis, em que não quero desperdiçar aquele sacrifício. Convido você a rezar também: “Jesus e Maria, eu vos amo. Salvai as almas!”.