VOCAÇÃO

Chamados à santidade!

Todos são vocacionados à santidade!

A Igreja ensina que a vocação comum de todos os discípulos de Cristo é a vocação à santidade (cf. CIC 1533). Deus chama a todos para uma vida santa; e responder a esse chamado é comprometer-se com o Evangelho.

O caminho pessoal de santificação, dentre tantas outras realidades, se dá no amor e na obediência, que resulta na felicidade, que vem do próprio Senhor, porque seguir a Jesus Cristo é o primeiro passo para corresponder ao chamado à santidade.

Chamados à santidade!

Foto ilustrativa: uzhursky by Getty Images

A vocação e o amor

Toda vocação é fundamentada no amor porque Deus é amor, base e sustentação de todas as vocações. Esse amor se encarnou e tem um nome: Jesus. No Evangelho de São João 3,16, diz que “Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que n’Ele crê não pereça, mas tenha vida eterna”. O Senhor, que veio até nós por amor, espera que O amemos com tudo que somos e temos.

O amor de Jesus por nós é exemplo de entrega e santidade, pois “sendo Deus, despojou-se, tornando- se semelhante aos homens, Ele abaixou-se, esvaziou-se” (Fl 2,6-8) para nos remir e salvar. O Cristo é verdadeiro testemunho de vocação no amor e por amor. Por isso, todos são convocados a ter em si “o mesmo sentimento de Cristo Jesus” (Fl 2,5), ou seja, pensar, falar, agir; “viver como Ele viveu” (1Jo 2,6).

A vocação e a obediência

O amor a Deus nos leva a querer ouvir a sua voz e a obedecer a seu chamado à santidade, que é caminho de salvação. A Sagrada Escritura mostra pessoas que viveram a realidade de ouvir a voz do Senhor e de obedecê-la. Deus disse a Abraão: “Sai da tua terra”; e ele partiu, conforme o Senhor lhe havia dito (cf. Gn 12,1.4). Deus disse a Moisés: “Vai, pois, e Eu te enviarei ao Faraó, para fazer sair do Egito o meu povo” (Ex 3,10); e ele obedeceu. Deus disse a Jeremias: “Eis que ponho as minhas palavras em tua boca” (Jr 1,9); e ele profetizou. O Anjo Gabriel disse a Virgem Maria: “Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um Filho” (Lc 1,31); e Ela disse faça-se.

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Por fim, o próprio Cristo, que sendo Deus, submeteu-se e foi “obediente até a morte, à morte sobre uma cruz” (Fl 2,8). Já a desobediência leva para os caminhos contrários à vontade de Deus. Um exemplo é Jonas, que desobedeceu ao Senhor que havia dito: “Vai a Nínive, a grande cidade, e anuncia” (Jn 1,2), ele, porém, fugiu para Társis, tentou mudar a direção. Com isso, Jonas, após passar por grandes tribulações, rezou a Deus quando estava dentro de um grande peixe e, depois, teve restabelecida sua direção (cf. Jn 2,11). Ele foi a Nínive e profetizou o que o Senhor lhe dissera para aquele povo, cumprindo a sua missão.

Mas, vê-se que, Jonas, antes, padeceu vários tormentos, devido à sua desobediência. São Pio de Pietrelcina sobre a desobediência diz que: “Onde não há obediência, não há virtude. Onde não há virtude, não há bem, não há amor, e onde não há amor, não há Deus; e sem Deus não se chega ao Paraíso. Tudo isso é como uma escada: se faltar um degrau, caímos”.

A vocação e a felicidade

A vocação vivida no amor e na obediência a Deus tem como consequência a felicidade. Já que um caminho de decisão pelo Tudo que é Deus não nos tira nada, e sim nos preenche totalmente com o Tudo que é a Sua presença. Como disse Santo Agostinho: “A felicidade é estar intimamente unido a Ti, Ó Deus”.

Responder ao chamado de Deus é responder Àquele que é a Felicidade. Ele é o princípio e o fim de todas as coisas. Santo Tomás Aquino ensina que “a vocação depende do auxílio de Deus”. Portanto, a realização da vocação à santidade é graça de Deus e resposta de cada um a esse chamado.