Páscoa 2002

Penso, que nesta Solenidade de Páscoa, nada melhor do que desejar a cada um de nós a PAZ. O Senhor Jesus, nos dias gloriosos de sua Ressurreição, estando no meio de seus Discípulos, espantados, medrosos e pensando ser Ele um fantasma, desejava a todos a Paz. Aos poucos eles perdiam o medo, aproximavam-se dEle e seus corações enchiam-se de alegria.

Estamos vivendo em um mundo e em uma época extremamente de medo, de violência. Pensamos nos defender da melhor maneira possível, mesmo sofisticada. Porém, esquecemo-nos de que ‘se não for o Senhor que guarde nossa casa’ nunca estaremos seguros e tranqüilos. A violência acaba fazendo muito mais do que tememos, do que pensamos.

Desejo a cada um de vocês a Paz. Aquela que vem de Deus e que não nos será tirada por ninguém. Se Deus estiver comigo, quem estará contra mim?

Paulo VI dizia que o novo nome da Paz é o desenvolvimento. Do homem todo (inteligência, vontade, criatividade etc etc) e de todos os homens. Por que alguns tem tanto e outros não tem nada ou quase nada. Por que alguns estão sobrando, boiando na água parada (que não é paz) e alguns estão sempre na crista da onda? Não somos irmãos, filhos do mesmo Deus?

A Campanha da Fraternidade que está chegando ao fim não deseja a todos encontrar a terra sem males? Louros, negros, amarelos, vermelhos, não somos todos irmãos? Enquanto houver um excluído, no mundo não haverá paz. Se não formos irmãos, vencerá a guerra, não temos a paz desejada.

Meu irmão, minha irmã, eu os abraço desejando que a Paz esteja com você e que sejamos instrumentos da paz de Deus. Santa e abençoada Páscoa da Ressurreição.

Dom Arnaldo Ribeiro
Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto