Para que Deus criou o mundo?

Para que Deus criou o mundo? Ensina o I Concílio do Vaticano: “O mundo foi criado para a glória de Deus”. Para manifestar sua glória e sua bondade. E sua glória é a nossa felicidade. A glória de Deus é o homem vivo, como diz Santo Irineu.

Deus criou o mundo para fazer-nos seus filhos em Jesus Cristo.

Criou o mundo por sua sabedoria. O mundo não é produto do acaso. Procede da vontade livre de Deus. Diz o salmista: “Quão numerosas são tuas obras, Senhor, e todas fizestes com sabedoria”! (Sl 104,24).

Deus criou o mundo do nada. Não precisou de alguma coisa já existente, nem de qualquer ajuda para criar. Mas criou livremente o mundo do nada.

Deus criou o mundo ordenado e bom. Como diz o Livro da Sabedoria: “Tu dispusestes tudo com medida, número e peso” (SB 11,20).

Um grande sábio de nosso tempo, Albert Einstein, se admirava que existisse no mundo ordem e não desordem. Realmente, se não existisse uma inteligência infinita, superior ao homem e acima do mundo, seria incompreensível a ordem e a perfeição que há nas criaturas, no mundo.

Criou o mundo porque é bom. Como diz o Livro do Gênesis: “Deus viu que isto era bom.. muito bom” (Gen 1,4,10,12.18,21,31).

“A criação é querida por Deus como um dom dirigido ao homem, como uma herança que lhe é destinada e confiada” (Catecismo da Igreja Católica).

Mas, Deus não se confunde com o mundo. Embora esteja presente nele, está infinitamente acima dele, o transcende. Deus é infinitamente maior que todas as suas obras, como diz o salmista: “Sua majestade é mais alta do que os céus” (Sl 8,2).

No entanto, por ser a causa primeira de tudo o que existe, está presente no mais íntimo das criaturas. Como afirma São Paulo: “Nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17,28). Como diz também Santo Agostinho: “Ele é maior do que o que há de maior em mim e mais íntimo do que há de mais íntimo em mim”.

Finalmente, Deus mantém e sustenta a criação. “Não somente lhe dá o ser e a existência (cria o mundo), mas também a sustenta a todo instante, dá-lhe o dom de agir e a conduz ao seu termo” (Catecismo da Igreja Católica). Se ele deixasse de sustentar o mundo, voltaria ao nado.

Louvemos a onipotência divina que tudo criou e sustenta na existência.