O valor de nossas atitudes

Somos convincentes quando, na eloqüência do conhecimento que nos estimula, dissertamos, apresentando provas daquilo que defendemos ou do que somos impulsionados a fazer.

Não se torna uma tarefa difícil argumentar nossas idéias, quando aquilo que temos de palpável nos oferece segurança do que defendemos.

Sob este prisma, podemos imaginar as dificuldades de nossos profetas ao reivindicar a libertação de um povo e estimulá-los com as promessas de uma terra que emanaria leite e mel. Em muitas outras passagens bíblicas exortaram nações, sabendo que tinham apenas a certeza da experiência espiritual particular, vivida na intimidade de uma entregue à vontade de Deus.

A confirmação dessas experiências se consolidava nas atitudes, ainda que vacilantes, no cumprimento da inspiração, que se tornava viva no intimo do coração daquele que Deus teria escolhido.

Na minha pequenez, imagino o alívio de Moises ao presenciar a intervenção de Deus na saída das terras do faraó. Entretanto, mais tarde, seus conselhos não seriam prontamente atendidos pelo seu povo, mesmo depois dos acontecimentos narrados nas escrituras.

Das situações vividas pelos nossos profetas, estaria Deus exigindo daqueles que tanto demonstraram fidelidade, também a abdicação da segurança de suas experiências espirituais e de provas preliminares?

Na liberdade da imaginação, faço conjecturas sobre as facilidades de compreensão e aceitação das orientações para a nossa vida, se tais experiências acontecessem ao mesmo tempo no coração dos “mestres” e seus “discípulos”. Entretanto de tal facilidade fomos poupados.

A fim de sermos qualificados a cada dia, para habitar com os Santos, lancemo-nos nas mesmas esperanças que nutriram suas decisões acreditando que somente serão significativas nossas experiências espirituais se somadas as nossas atitudes, ainda que possam parecer temerosas.

Deus abençoe sua casa,