O Chamado Urgente de Maria à Conversão

Parece que Maria está sendo enviada como mensageira profética/evangelizadora especial para ajudar a Igreja através deste tempo difícil e perigoso antes do ‘triunfo final de seu Imaculado Coração‘. Começando em Fátima, em 1917, e continuando através do século, Maria tem vindo para advertir sobre os grandes perigos que estão afetando o mundo todo, e a necessidade urgente de levar à sério o Evangelho, crer e arrepender – se.

Em Fátima, ela chamou atenção sobre o crescimento do comunismo e a aproximação da Segunda Guerra Mundial, se não houvesse resposta suficiente ao chamado de conversão. Mas, junto com as advertências de sofrimentos e castigos, na ausência de arrependimento suficiente, havia a promessa da conversão final da Rússia, o triunfo de seu Imaculado Coração, quando ‘um certo período de graça será concedido ao mundo‘. Ela também mostrou às crianças uma visão do inferno, que enfatizou a importância do que acontece se respondemos ou não à oferta de misericórdia e perdão do Pai em Seu Filho Jesus.

Estes temas de advertência de perigo iminente, o chamado à conversão, a promessa do triunfo final, são características da maioria das aparições significativas, junto com as locuções e sinais especiais relacionados com a missão contínua da Maria através do resto do século. Um bom número destas intervenções marianas têm sido consideradas verdadeiras pelo bispo local, depois de um tempo de investigação. Outras ainda estão sendo investigadas, não sendo possível o julgamento final enquanto não cessarem as aparições ou locuções, ou se os eventos profetizados forem realizados ou não. Alguns foram investigados e viu – se que não se realizaram.

Eu creio que duas passagens da Sagrada Escritura nos dão uma chave para compreender as diferentes ênfases destes importantes mensageiros do Senhor. Ambos, creio, estão fazendo o importante ‘papel de João Batista’ ao nos ajudar a preparar para o encontro com o Senhor, em julgamento e em grande misericórdia.

A primeira passagem é Lc 7, 31-35: ‘A que compararei os homens desta geração? Com quem se assemelham? São semelhantes a meninos que, sentados na praça, falam uns com os outros, dizendo: ‘Tocamos a flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes’. Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: ‘Ele está possuído do demônio’. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: ‘Eis um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e libertinos’. Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos’.

O Papa João Paulo II está tocando a flauta da ‘nova primavera’, do ‘novo Pentecostes’, do ‘Grande Jubileu’ – e há muitas pessoas recusando – se a dançar, a passar pela preparação ‘no Espírito Santo’ para se tornarem ‘dóceis ao Espírito Santo’ que são as condições para a vinda da nova primavera.

Maria está chorando, está cantando em lamento, chorando por seus filhos que estão prestes a serem arrastados pelo perigo imenso e iminente, pela proximidade do castigo e do julgamento, pelo perigo da morte eterna do inferno. Há muitos que estão recusando quebrantar seus corações por causa de suas lágrimas, e há muitos que estão recusando a responder à profunda simplicidade de seus insistentes chamados à conversão.

Outra passagem que lança mais luz sobre estas duas ênfases proféticas é Lc 19, 41 – 44: ‘Aproximando –se ainda mais, Jesus contemplou Jerusalém e chorou sobre ela, dizendo: ‘Oh! Se também tu, ao menos neste dia que te é dado, conhecesses o que te pode trazer a paz!… Mas não, isso está oculto aos teus olhos. Virão sobre ti dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados; destruir –te – ão a ti e a teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo em que foste visitada’.

A visitação de Deus é uma espada de dois gumes, é paz e plenitude das bênçãos de Deus, para aqueles que estão preparados e a acolhem e, ao mesmo tempo, destruição para aqueles que não quiseram ouvir as mensagens preparatórias e não estão prontos para reconhecê –las e responder a elas quando chegar a plenitude da visitação. ‘Ouvindo – o todo o povo, e mesmo os publicanos, deram razão a Deus, fazendo –se batizar com o batismo de João. Os fariseus, porém,e os doutores da lei, recusando o seu batismo, frustraram o desígnio de Deus a seu respeito’ (Lc 7, 29 – 30).

O banho batismal de conversão, de arrependimento, de docilidade ao Espírito Santo, de intensa vida sacramental, está sendo administrado pelo Papa e por Maria, para preparar – nos para o encontro com Deus que se aproxima. Se não participarmos da preparação, poderemos não estar prontos para o encontro.

Creio que estamos agora num tempo de visitação. Deus está nos visitando no ministério do Papa João Paulo II, no ministério de Maria, e de muitas outras maneiras também. O tempo de preparação já está bem avançado. De acordo com a mensagem de João Paulo II e de Maria, estamos às vésperas de uma significativa ação de Deus, uma ação que vai funcionar como uma espada de dois gumes, dependendo de nossa preparação e da vontade de responder à mensagem profética que nos foi dada. E, não é possível que a plenitude da ‘ nova primavera’ venha até que sejamos primeiro purificados através do castigo, e acordados para a santidade de Deus ?

João Paulo está nos chamando a dançar em preparação ao ‘maior Jubileu que a Igreja jamais celebrou‘. Ele revelou um plano de seis anos de preparação para toda a Igreja, do qual restam apenas alguns meses.

Maria está chorando por aqueles em perigo de perder a visitação e tem revelado um plano pessoal de preparação pelo que vai acontecer, que envolve oração, jejum, arrependimento e Reconciliação, Eucaristia diária, rosário, conversão e fé. As mensagens são complementares. São dois lados da mesma moeda, dos gumes da mesma espada. É urgente a nossa resposta.

Ralph Martin
Membro do Conselho Internacional da RCC