Natureza dos Anjos

A existência dos Anjos é uma verdade de fé continuamente professada pela Igreja, que forma parte desde sempre do tesouro de piedade e de doutrina do mundo cristão. A Igreja os venera, os ama e são ‘motivo de doçura e de ternura’ (João XXIII, 9-VIII-1961).

É evidente, todavia, que muitos anjos, abusando de sua liberdade, caíram no pecado e se fizeram maus, ficando assim perpetuamente constituídos inimigos de Deus e condenados ao castigo eterno. Estes anjos maus são chamados também demônios.

Os anjos são seres espirituais, pessoais e livres; dotados, portanto, de inteligência e vontade, criados por Deus do nada.

Deus criou os anjos para que o louvem, lhe obedeçam e lhe sirvam; além disso, para fazê-los eternamente felizes e para que ajudem e guiem uma pessoa, uma família, nação, instituição e muito especialmente a Igreja.

Sabemos da sua existência porque Deus a revelou. Assim o Antigo Testamento, nos diz que:

Fecharam o paraíso terrestre depois do pecado de Adão e Eva.
Protegeram Lot em Sodoma.
Salvaram Agar e seu filho Ismael no deserto.
Anunciaram a Abraão e a Sara que teriam um filho.
Detiveram a mão de Abraão quando ia sacrificar seu filho Isaac.
Assistiram o profeta Elias.

O Novo Testamento, nos diz que:

Avisaram Zacarias do nascimento de João Batista.
São Gabriel anunciou a Virgem Maria que seria a Mãe do Redentor.
Louvaram a Deus pelo nascimento de Cristo.
Revelaram a São José o mistério da Encarnação.
Confortaram Jesus em sua agonia no Horto de Getsêmani.
Apareceram na Ressurreição de Cristo.

Crer na existência dos anjos é uma verdade de fé. Assim o definiu o Magistério da Igreja: ‘Deus criou do nada uma e outra criatura, a espiritual e a corporal, quer dizer, a angelical e a mundana (…)’ (Concílio IV de Latrão e Concílio Vaticano I).

Quem nega sua existência com pertinácia, sabendo que é dogma de fé, comete pecado mortal e incorre em excomunhão (cfr. Código de Direito Canônico, cânon 1364).