Ele é capaz de mover o mundo...

É preciso passearmos pela história da salvação do homem para compreendermos o quão próximo de nós Deus sempre está.

Seu objetivo? A nossa felicidade e salvação!

No princípio, Deus, num êxtase de amor, criou o homem e a mulher. Admirou-se da beleza que infundiu em sua obra, da imagem e semelhança Dele dadas a ela! Tudo estava muito bem entre o homem e Deus: eram íntimos — todas as tardes passeavam juntos pelo jardim. Até que o homem e a mulher, que poderiam comer qualquer fruto das árvores do local, optaram por comer exatamente o da única árvore que o Senhor os havia proibido. Então, Deus precisou corrigí-los (e não castigá-los, como costumamos pensar!), da maneira que convinha: eles tiveram que dar duro para valorizar o que Deus lhes concedia. Deus confiou neles: os abençoou com filhos, como sinal de que acreditava que deles viesse obras boas. Mas as gerações seguintes foram pelo mesmo caminho, optando, muitas vezes, pelo que era contrário à vontade de Deus, seguindo os caprichos do próprio coração. O tempo passou, os descendentes do primeiro casal, arraigados ao mau uso da liberdade, se afastaram completamente de Deus e a maldade passou a imperar entre os homens. O homem desistiu de fazer a vontade de Deus, mas Deus não desistiu do homem. Mesmo quando os pecados ofenderam tremendamente ao Senhor (a ponto de Ele ter se arrependido da sua criação), ao destruir tudo com o dilúvio, Ele escolheu Noé e a sua família para repovoarem a terra, porque Ele amava e acreditava no homem.

O tempo passou e as gerações futuras voltaram ao afastamento de Deus. Deus não se afastou do homem. Decidiu, então dar-lhes os mandamentos e leis, para que não se perdessem pelo caminho. Mas o homem se manteve na opção primeira da desobediência. Então, o Senhor decidiu advertí-los sobre o abismo para onde caminhavam, suscitando homens conforme o seu coração — juízes e profetas — para proclamarem a importância da conversão e da fidelidade a Deus. O homem não quis dar ouvidos, pois julgava seus instintos soberanos ao que lhes era pregado. Então, Deus, compadecido dos sofrimentos que o homem, longe Dele, acabava por provocar a si próprio e aos outros, não querendo que nenhum só dos que criara se perdessem, dá a mais importante cartada: envia o próprio filho ao mundo. Jesus nasce, sendo verdadeiro homem e verdadeiro Deus! Ele realiza sinais que anunciam que o Reino de Deus está entre nós. Ele vive, ao contrário do que o homem vivia até então, a obediência ao Pai. Obediência extrema — até a morte de cruz, para a nossa salvação. Mas nem assim o homem despertou da letargia… E Deus não desistiu do homem!

Jesus ressuscitou e ascendeu aos céus para enviar o Espírito Santo aos nossos corações. Para que Ele, Deus verdadeiro, nos ensinasse todas as coisas, para que vivêssemos conforme a vontade do Senhor. Mas, até agora, muitos de nós ainda não damos liberdade para essa ação divina em nossa vida… Deus, mesmo assim, ainda não se cansou de tentar! Ele vem se mantendo sempre ao nosso lado e, sutilmente, intervém no concreto do dia-a-dia. Seja na dor, para nos educar e/ou consolar, ou na alegria, para festejar conosco. Mesmo que nunca nos apercebamos, Ele estará sempre por perto, tentando nos seduzir à realização da sua vontade, pois o que mais deseja é nos ver felizes. É interessante notarmos que todas as vezes que o homem foi por caminhos diferentes dos que Deus desejava, se feriu e não encontrou a felicidade verdadeira. Acontece conosco. Às vezes, até experimentamos momentos de alegria, mas que são passageiros. Ser obediente a Deus, seguindo as inspirações do Espírito Santo, é certeza de abraçarmos a felicidade que almejamos. É também garantia de não errarmos na escolha do caminho que conduz à vida eterna.

Por que, então, somos tão resistentes à obediência ao Senhor? Porque, conforme os nossos primeiros pais, ficamos entorpecidos pela curiosidade do que deixamos de experimentar se obedecemos. Vale mais confiar no caminho que o Pai nos aponta, em seu amor infinito, do que nos deixarmos levar pela curiosidade do como seria, que nos desvia e, mais cedo ou mais tarde, leva à decepção (como pudemos perceber ao longo da história)! Deus já fez tanto e não se cansa, não desiste e nem se afasta de nós. Se olharmos pra nossa vida vamos perceber, concretamente, essa sutil presença… É preciso acreditar cegamente nesse amor, que é capaz de mover céus e terras por causa de nós. Deus é capaz de tudo para ver um filho seu feliz! Se acreditamos nisso, vencemos o mundo.