Doar-se ao outro...

Muitas vezes sem pensar ‘matamos’ os nossos irmãos. Esta palavra pode parecer dura (‘matar’), mas na realidade o ato de matar o outro não acontece só de maneira física.

Matamos o outro quando o anulamos, quando só exigimos dele, mesmo sem saber como ele está, quando só fazemos as nossas vontades e sem perceber passamos por cima e só o chamamos de irmão quando precisamos.

Infelizmente, tudo em nossa volta está tão corrido, cada um querendo terminar o seu trabalho, os seus deveres… Deixamos tudo para amanhã. Damos a desculpa a nós mesmos: ‘amanhã eu vou amar’, ‘amanhã eu pensarei no meu irmão’, ‘depois eu pergunto como ele está’, e vamos deixando tudo para depois…

O mundo nos leva a sempre pensarmos em nós mesmos, queremos amor, atenção e não percebemos que o outro também precisa. É preciso saber que: ‘O amor não se improvisa, o amor é uma conquista!’.

É necessário gastar o precioso tempo que Deus nos deu para se doar ao outro.
O trabalho, as agitações do dia-a-dia sempre vão existir, mas o irmão que está ao nosso lado não sabemos até quando estará conosco.

Deus nos convida a viver intensamente esta frase:
‘Que nunca deixemos os nossos para trás’.

É muito fácil acusarmos o irmão quando ele desiste ou erra, o difícil é aceitá-lo e ajudá-lo a levantar, o difícil é deixarmos a nossa posição, as nossas vontades e descer do degrau mais alto para levantar o outro que está embaixo.

Vamos juntos pedir a Deus a graça de deixarmos de ser egoístas, e passarmos a doar, nem que seja um minuto ou um sorriso, mas que seja doado com amor, pois cada vez que nos doamos aos outros, esquecemos a nós mesmos.
Assim teremos a graça de experimentar a verdadeira alegria – a que não passa, a de doar a vida pelo irmão.

Hoje, Jesus nos convida a amar concretamente, não com grandes atos, mas com pequenos gestos; gestos esses que são capazes de tirar o nosso irmão do abismo.