Brisa suave, depois da Cruz

Vem oh Espírito Santo
Brisa suave
Refaz meu viver

Ando lendo uns livros diferentes de todos os que já li nesta vida. Minha alma anda sendo visitada por novidades do céu que, realmente creio ser obra do tal “Espírito Santo” que tantos crêem, mas só na hora do aperto.

Ando me perguntando quando, onde e por que desejo e peço a presença do Espírito Santo, porque não basta pedir sua presença para verdadeiramente sermos convertidos à sua direção. É preciso lutar diariamente e observar constantemente essa tal amiga alma que às vezes fica assolada e degolada por nossos egoísmos disfarçados em religiosidade fútil e sem fundura, estrutura ou no mínimo, amor, que é a estrutura das estruturas.

Já vi gente rezando ao Espírito Santo na hora da prova do vestibular. Seria uma atitude espiritual básica e inteligente, se não fosse hipócrita e egoísta. Com uma montoeira de “santinhos” pela mesa, pra ver se a força do céu dá um empurrãozinho na “lerdeza” aqui da terra e na culpa de não ter estudado, que diminui diante da possibilidade de que o “Espírito” sabe de todas coisas e tudo pode revelar… Triste é “usarmos” Deus diante de nossos interesses e não “usufruirmos” de sua misericórdia diante da nossa irresponsabilidade para com nossos mais sinceros sonhos e decisões. Já pensou na maior fraude universitária em vestibulares, realizada pelo Espírito Santo? Ele não é dessas coisas…

Já vi gente tão fiel diante das enfermidades dos parentes… E quando o tal parente fica bom, parece que a fé sai de férias pro Caribe e não volta tão cedo, até que outra necessidade bata à porta e o fulano sai tirando a “poeira da alma” pra ver se consegue algum trocado espiritual do santo da moda…

Pentecostes não é a única data do ano pra lembrarmos do Espírito Santo, mas é a comemoração do qüinquagésimo dia de tentativa frustrada para compreender essa força do alto que não se entende, não se usa, não se domina com nossas carências e necessidades passageiras. O Espírito Santo é uma pessoa de infinito amor da Santa Trindade. É expressão de tudo o que é bom, belo, verdadeiro; e, por mais que eu ficasse escrevendo por toda minha vida, com minha miserável limitação, não conseguiria descrever nem ao menos a presença deste Doce Hóspede em minha própria vida.

Tenho muitos “jardins celestiais” sendo definidos dentro de mim, mas nem tudo verei claramente, pois um dia “verei face a face”… Só consigo ouvir do céu, e não é sempre, o que aqui na terra não vem de lá. Vem daqui e ficará aqui, pois lá não entra. Vejo seus flashes e ouço sua voz no mais íntimo de mim e isso é tudo o que tenho para reconhecer que Ele é imensamente superior a tudo o que já ouvi a seu respeito.

(…)Que o Espírito Santo seja a mais sincera e honesta amizade construída em minha vida, pois d’Ele para comigo desde a eternidade foi.

De Deus desejo o amor, que limpará todos os outros desejos que de mim brotam. Da cruz quero a luz que subiu no céu antes que ela fosse erguida; ali estava o momento de maior fidelidade. Ali estava o Doce Hóspede esperando sua hora de entrar em cena. Vitória vem depois da cruz por isso: é a hora do Espírito Santo!