A fórmula do perdão!!!

Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?‘ (Mt 18, 21).

Não existe cálculo tão perfeito e exato quanto o método do perdão. Aprendemos através da lei do amor que é preciso aplicar o determinado valor do perdão para que no resultado final a solução seja sempre certa e definitiva. Toda fórmula matemática apenas é resolvida através da prática dos exercícios operacionais.

O Mestre Jesus deixou estabelecido que a dimensão da reconciliação acontece de acordo com a medida do perdão. A instrução sábia de Jesus afirma que a fórmula do perdão não é resultado de um cálculo limitado pela quantidade de números.

‘Até sete vezes?’. A pergunta de Pedro nos faz pensar o quanto somos egoístas e ‘mesquinhos’ ao limitarmos a ação de Deus manifestada através do perdão. Ao contrário da resposta de Jesus: ‘Não te digo até sete vezes, mas setenta vezes sete’ (Mt 18, 22). Jesus fala de acordo com a linguagem de Pedro ao responder tal pergunta, mas não coloca medidas neste gesto misericordioso.

Quem ama perdoa e quem perdoa ama. Perdoar sempre é o resultado exato e perfeito que Jesus aconselhou e experimentou ao perdoar todas as ofensas e contrariedades durante todo o caminho que percorreu até o momento de sua morte de cruz.

Em muitas ocasiões deveríamos inverter esta pergunta: ‘Quantas vezes devo pedir perdão a meu irmão se eu o ofendi?’

Você já fez esta pergunta? É mais fácil primeiro apontar os erros alheios, não é mesmo? Mas não esqueçamos, às vezes que ofendemos nossos irmãos com palavras, gestos e até mesmo, ao começar pelo pensamento, quando criamos o nosso tribunal, julgamos e condenamos, de acordo com nosso ponto de vista e acabamos declarando que a sentença final deve apenas nos favorecer…

Pode acontecer como na parábola do servo cruel (Mt 18,23-35). O Senhor sempre dá mais uma chance para reconhecermos nossas faltas e mudarmos de vida. Ele não olha para a quantidade dos nossos erros, pois Deus, Rico em misericórdia, nos perdoa plenamente e aguarda pacientemente o momento certo para cada coisa acontecer, sem forçar a decisão humana. O perdão de Deus não é calculado, parcelado e jamais cobra juros.

Não sejamos ingratos ao receber o perdão e não perdoar o próximo. Se Deus nos perdoa quem somos nós para exigir imediatamente do irmão e cobrar dele o que perdemos se a nossa falta, às vezes é muito maior e mais prejudicial?

Novamente faça esta pergunta: ‘Quantas vezes devo pedir perdão a meu irmão se eu o ofendi?’ Peçamos ao Senhor a graça da humildade para nos aproximar de nossos irmãos e sermos reconciliados através do perdão. Não caia nesta tentação: ‘E se ele(a) não aceitar o meu perdão’?

Faça a sua parte, independente do resultado esperado. Mais cedo ou mais tarde a graça acontecerá. Alguém tem que ceder! Que esta iniciativa comece de você… Não tema ou questione a reação do outro, apenas reze em favor desta pessoa!

Perdoe a si mesmo, perdoe seus amigos e inimigos. Peça a graça da humildade para aceitar a vontade de Deus em sua vida e de também pedir perdão ao próximo pelos seus erros. Faça um exame de consciência e peça ao Espírito Santo que o transforme em um verdadeiro instrumento de paz, amor e reconciliação…

Ir. Fabiana Souza Aguiar, C.M.E.S
Carmelita Mensageira do Espírito Santo