A caminho da idade adulta

Não é intenção deste documento falar sobre a preparação próxima e imediata para o matrimonio, exigência da formação cristã, particularmente recomendada pela necessidade nosso tempo e recordada pela Igreja. Todavia, deve-se ter presente que a missão dos pais não cessa quando o filho chega à maioridade, de fato que, por outro lado, varia segundo as diversas culturas e legislações. Momentos particulares e significativos para os jovens são também o momento da sua entrada no mundo do trabalho ou da escola superior, em que eles entram em contato — às vezes brusco, mas que se pode tornar benéfico — com modelos diversos de comportamento e com ocasiões que representam um verdadeiro desafio.

Os pais, mantendo aberto um diálogo confiante é capaz de promover o sentido de responsabilidade no respeito da legítima e necessária autonomia, constituem sempre um ponto de referência para os filhos, seja com o conselho,seja com exemplo, a fim de que o processo de ampla socialização lhes permita chegarem a uma personalidade madura, integrada interior e socialmente. De modo particular, deve-se ter cuidado de que os filhos não cessem, antes intensifiquem, o contato de fé com a Igreja e com as atividades eclesiais; que saibam escolher mestres de pensamento e de vida para o seu futuro; e que sejam também capazes de empenhar-se no campo cultural e social como cristãos, sem medo de professar-se tais e sem perder o sentido e a busca da sua vocação.

No período que precede o noivado e a escolha daquele afeto preferencial que pode levar à formação de uma família, o papel dos pais não deverá concretizar-se em simples proibições e ainda menos na imposição da escolha do noivo ou da noiva mas, antes, deverão ajudar os filhos a definir as condições que são necessárias para que possa existir um vínculo sério, honesto e prometedor, e também apoiá-los no caminho de um claro testemunho de coerência cristã no contato com a pessoa do outro sexo.
Deverão evitar ceder à mentalidade difusa segundo, a qual às filhas se devem fazer todas as recomendações sobre a virtude e sobre o valor da virgindade, enquanto para os filhos isso não seria necessário, como se para eles tudo fosse lícito.

Para uma consciência cristã, para uma visão do matrimônio e da família, em ordem a qualquer tipo de vocação, vale a recomendação de S. Paulo aos Filipenses: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, justo, puro, amável, de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, é o que deveis ter em mente” (Fil 4, 8).

Fonte: vatican