1º de outubro: Teresa de Lisieux

O calendário litúrgico abre o mês de outubro com Santa Teresinha do Menino Jesus, co-padroeira das Missões. A simpática e muito atual santa francesa passou nove anos em clausura, mas não viveu alienada do mundo. Sabia da presença crescente do ateísmo na cultura européia de seu tempo. Assim, dentro dos muros do Carmelo, preocupou-se pelos não cristãos, os sem fé e até mesmo os ex-comungados.

Teresinha rezava e fazia qualquer sacrifício pela salvação desses seus irmãos. O amor de Jesus e por Jesus a levavam a ter esta postura. Um dia, soube que um tal de Pranzini, um criminoso não arrependido, estava para ser justiçado. Teresinha, junto com sua irmã Celina, rezou pela sua conversão e mandou celebrar uma Missa nesta intenção. A santa ousou pedir um sinal a Deus. E obteve. Antes de ser guilhotinado, o homem tomou o crucifixo e o
beijou três vezes.

Suas mortificações consistiam em “domar” sua vontade sempre pronta a impor-se, a controlar-se para não retrucar, a fazer pequenos serviços sem aparecer. Com esses pequenos e insignificantes gestos – disse ela – preparei-me para ser “a noiva de Jesus”. Já atingida pela tuberculose, debilitada nas forças, não rejeitava trabalho algum e continuava “a jogar para Jesus flores de pequenos sacrifícios”. Por amor a Jesus e salvação das almas aceitava o sofrimento em silêncio, sem demonstrá-lo aos outros. Isso lhe dava uma grande paz interior. Transbordava sempre uma alegria contagiante.

Santa Teresinha teve, como todos nós, muitas tentações, dúvidas, crises de fé, provações e aridez interior. O que a consolava nestes momentos era a Palavra de Deus e a “Imitação de Cristo”. A santa carmelita queria ser mártir, apóstola, missionária. Depois que leu o capítulo 12 da Carta aos Coríntios, encontrou a resposta: “Minha vocação é o amor! No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o Amor”. “E assim, passou sua breve vida terrena semeando atos de amor” amando suas co-irmãs, começando pelas mais “chatas”, sabendo que assim chegaria aos extremos confins da terra.