O homem ocupa um lugar único na criação (§355).
“Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher o criou” (Gn1,27)
Em sua natureza, une o mundo material e espiritual. Deus o estabeleceu em sua amizade. De todas as criaturas visíveis, só o homem é “capaz de conhecer e amar o seu Criador” (Gaudium et Spes 12,3)
“Ele é única criatura na Terra que Deus quis por si mesma” (GS 24,3)
São João Crisóstomo sobre a criação:
“O homem é mais precioso aos olhos de Deus do que a criação inteira: … é para ele que existem o céu e a terra e o mar e a totalidade da criação, e é à salvação dele que Deus atribuiu tanta importância que nem sequer poupou seu Filho único em seu favor. Pois Deus não cessou de tudo empreender para fazer o homem subir até ele e fazê-lo sentar-se à sua direita” (Sermão in Gen. 2,1 PG 54,587D-588A)
Só ele é chamado a compartilhar, pelo conhecimento e pelo amor, a vida de Deus. Foi para este fim que o homem foi criado, e aí reside a razão fundamental da sua dignidade (§356).
Santa Catarina de Sena
“Que motivo vos fez constituir o homem em dignidade tão grande? O amor inestimável pelo qual enxergastes em vós mesmo vossa criatura, e vos apaixonastes por ela, pois foi por amor que a criastes, foi por amor que lhe destes um ser capaz de degustar vosso Bem eterno” (Diálogos, 13)
– O homem é chamado a dar uma resposta de amor e de fé ao seu Criador que ninguém mais pode dar em seu lugar (§357);
– O mistério do homem só se torna claro, verdadeiramente, no mistério do Verbo Encarnado”(GS 22,1);
– Graças à origem comum, o gênero humano forma uma unidade, pois Deus “de um só fez toda a raça humana” (At 17,26);
– Somos verdadeiramente todos irmãos;
– Corpore et anima unus (Uno de alma e corpo);
– Em sua totalidade (corpo e alma) o homem é querido por Deus;
– “O Senhor Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gen 2,7);
– “Alma significa o princípio espiritual do homem”(§363);
– O corpo do homem participa da dignidade da “imagem de Deus”: …é a pessoa inteira que está destinada a tornar-se, no Corpo de Cristo, o Templo do Espírito (1Cor 6,19-20);
– “Unidade de corpo e alma, o homem sintetiza em si os elementos do mundo material, que nele assim, atinge a plenitude e apresenta livremente ao Criador uma voz de louvor. Não é, portanto, lícito ao homem desprezar a vida corporal; ao contrário, deve estimular e honrar o seu corpo, porque é criado por Deus e destinado à ressurreição no último dia” (GS 14,1)
– A unidade da alma e do corpo é tão profunda, que se deve considerar a alma como a “forma” do corpo (Conc. Viena, 1312), ou seja, é graças à alma espiritual que o corpo constituído de matéria é um corpo humano e vivo; o espírito e a matéria no homem não são duas naturezas unidas, mas a união deles forma uma única natureza (§365);
– A Igreja ensina que cada alma espiritual é diretamente criada por Deus (Pio XII, Humani generis, 1950) – não é produzida pelos pais – e é imortal (Conc. Latrão, 1513); ela não perece quando da separação do corpo na morte e se unirá novamente ao corpo na ressurreição final (§366);
– Por vezes, ocorre que a alma aparece distinta do espírito. A Igreja ensina que essa distinção não introduz uma dualidade na alma (IV Conc. Constantinopla, 870). “Espírito” significa que o homem está ordenado desde a sua criação para seu fim sobrenatural (Conc. Vat. I; GS, 22, 5), e que a alma é capaz de ser elevada gratuitamente à comunhão com Deus”(§367);
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– “O homem e a mulher são criados, isto é, são queridos por Deus”;
– “Ser homem” e “ser mulher” é uma realidade boa e querida por Deus (§369);
– Deus não é, de modo algum, a imagem do homem. Não é homem nem mulher. Deus é puro espírito, não havendo nele lugar para a diferença dos sexos. Mas a “perfeições” do homem e da mulher refletem algo da infinita perfeição de Deus: as de uma mãe (Is 49,14-15; 66,13) e as de um pai e esposo (Os 11, 1-4; Jr 3, 4-17). (§369-370);
– Criados “conjuntamente”, Deus quer o homem e a mulher um para o outro. “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja ‘adequada'” (Gen 2,18) . “É osso de meus ossos e carne de minha carne, vai se chamar mulher” (Gen 2,23);
– “Sereis uma só carne” (Gen 2,24);
– “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gen 1,28).
– No desígnio de Deus, o homem e a mulher têm a vocação de “submeter a terra” como “intendentes” de Deus (§373)