Na maioria das pessoas que sofrem de pressão alta, não se encontra uma causa definida, embora admita-se que fatores genéticos e ambientais estejam envolvidos na gênese dessa doença. Por conta de não se conhecer a sua etiologia, é chamada de hipertensão primária. Embora não causais, vários fatores de risco estão forte e independentemente associados à hipertensão primaria, como:
Alguns fatores que cooperam com a pressão alta
• Idade – idade avançada está associada ao aumento da pressão arterial, particularmente da sistólica; além disso, com o avançar da idade, aumenta a incidência de hipertensão arterial.
• Obesidade – aumento do peso e, consequentemente, da massa gordurosa do corpo é fator de risco importante para a hipertensão. O que vale a pena dizer é que, para muitos pacientes que chegam à nossa clínica com excesso de peso e hipertensos, após reeducação alimentar, conseguimos reduzir a quantidade de medicamentos que tomam e, em alguns casos, até suspender totalmente qualquer tipo de remédio para a pressão alta.
• História familiar – se sua mãe e/ou seu pai são hipertensos, você tem duas vezes mais chances de um dia ter pressão alta do que aqueles cujos pais são normotensos.
• Raça – em negros, a hipertensão tende a ser mais comum, ser mais grave, ocorrer mais cedo na vida e ser associada a maiores danos nos órgãos-alvo, como rins, por exemplo.
• Dieta com alto teor de sódio – excesso de ingestão de sódio (por exemplo: > 3000 mg/dia) aumenta o risco de hipertensão.
• Consumo excessivo de álcool – associado à ocorrência de hipertensão arterial.
• Inatividade física – aumenta o risco de hipertensão, e o exercício é um meio efetivo de baixar a pressão arterial.
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• Diabetes e dislipidemia – presença de outros fatores de risco cardiovasculares como diabetes e dislipidemias (aumento do colesterol e triglicérides no sangue) parece estar associada a maior risco de desenvolver hipertensão.
• Traços de personalidade e depressão – hipertensão pode ser mais comum entre aqueles indivíduos com atitudes hostis, impaciência quanto ao tempo, bem como entre aqueles com depressão e ansiedade.
Texto extraído do livro “Hipertensão Arterial – Uma Visão Integrativa“, de Dr. Roque e Dra. Gisela Savioli.