Doenças cardiovasculares

Fatores de risco para o coração

Segundo o calendário cívico, dia 31 de março é dia da Saúde e Nutrição.

As doenças cardiovasculares causam anualmente 8,5 milhões de mortes entre mulheres, somando um terço de todas as mortes do sexo feminino no mundo. É a mais frequente causa de morte entre elas. No Brasil, os números também são sombrios, pois, em 2004, morreram 248.983 brasileiros por problemas cardiovasculares.

Com esses dados do Ministério da Saúde é fácil concluir que essas expressivas taxas de mortalidade levam, continuamente, as autoridades sanitárias do nosso país a atuarem nos fatores que podem desencadear essas doenças, isto é, os fatores de risco coronário, para assim promoverem a profilaxia [medidas e procedimentos para prevenir e evitar doenças] dessas moléstias.

Fatores de risco para o coração

Foto Ilustrativa: johan63 by Getty Images

Quais são os fatores de risco para o coração?

Colesterol: é uma gordura que se une a certas proteínas para formar lipoproteínas que se deslocam pela corrente sanguínea, sob duas formas principais: HDL (o bom colesterol) e LDL (o mau colesterol), sendo que esse, quando em grande quantidade, ajuda as gorduras a entrarem nas células fazendo com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas ou ateromas, trazendo diversos malefícios.

Hipertensão arterial: mais conhecida como ”pressão alta”. É uma doença que, na maioria das vezes, o primeiro sintoma pode ser o acidente vascular cerebral, o infarto do miocárdio ou até mesmo a morte. Quem sofre dessa doença terá de fazer seu controle por toda a vida. Na maioria das pessoas (95%) não se consegue descobrir a causa. O acompanhamento de profissionais e uma alimentação saudável contribuem para o controle da hipertensão arterial.

Tabagismo: o tabagismo é a causa mais importante de muitas doenças pulmonares, como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Pode causar também o câncer de pulmão, estando ainda associado a doenças cardiovasculares e tumores de vários locais. O risco relativo de câncer de pulmão é aumentado em mais de 3 vezes com o tabagismo.

A Organização Mundial da Saúde alerta

De acordo com a OMS, um ano após parar de fumar, o risco coronário diminui 50%. Somente 15 anos após ter parado de fumar é que o risco fica igual ao de um não-fumante.

Triglicérides: os níveis de triglicérides, ou gorduras, existentes no sangue variam de acordo com o tipo de alimentação adotada. Uma dieta rica em gorduras é um dos mais graves fatores de risco para o funcionamento das artérias que irrigam o coração. Para reduzir triglicérides é importante, além de diminuir o consumo de gordura, diminuir a ingestão de açúcares. Soma-se a prática de exercícios físicos aeróbicos, ingerir substâncias como os ácidos graxos ômega 3 e procurar sempre orientação médica.

Obesidade: a distribuição da gordura pelo corpo é importante para determinação do risco individual de doenças. Há dois tipos de distribuição de gordura corporal: a do tipo androide (obesidade superior), concentração da gordura no abdômen, e a do tipo ginoide (obesidade inferior), concentrada na região dos glúteos, quadris e coxas. É importante identificá-la, visto que a obesidade androide está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas.

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Outros tipos de fatores

Fatores psicossociais: dentre os fatores emocionais, a depressão, tanto a moderada/grave quanto os estágios iniciais da doença, podem levar à aterosclerose.

Outros fatores emocionais que podem levar à aterosclerose são: ansiedade, hostilidade/ódio, pressões sociais, econômicas ou no trabalho, situação socioeconômica baixa, estresse marital e experiências adversas de vida.

Sedentarismo: o baixo nível de atividade física é um fator importante no desenvolvimento de doenças degenerativas, como o diabetes do adulto, a hipertensão arterial, a angina, o infarto do miocárdio e a osteoporose.

Do ponto de vista cardiovascular, é importante que se dê ênfase à atividade aeróbica. Andar, pedalar e nadar, por exemplo, auxiliam no controle do peso. Além disso, reduzem o risco de diabetes tipo 2, pressão alta e colesterol, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.

Hereditariedade: existem inúmeros estudos que comprovam a importância da história familiar no risco de ocorrer o infarto do miocárdio. Um recente estudo feito na Argentina mostrou que o fato de se ter um familiar de primeiro grau com histórico de infarto do miocárdio aumenta o risco de se ter um infarto em 2,18 vezes.

Fonte: Livro: “Um coração saudável”, de Dr. Roque Savioli

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