Nos dias atuais, vemos nos quatro cantos do mundo bandeiras sendo levantadas com todas as suas teorias de que a direita é melhor ou que ser de esquerda, conservador ou progressista é o caminho certo. Famílias se dividem, amigos param de se falar por causa de partido político. Será que vale a pena pagar esse preço? Podemos conviver com o diferente?
Essas divisões e discussões não se limitam somente no que diz respeito à esfera política, mas também em nossas comunidades paroquiais, grupos de oração etc.
Foto Ilustrativa: By Getty Images / Yulia Sutyagina
Onde, em sua vida, você se vê levantando bandeiras, tomando partido?
Em I Coríntios 3, São Paulo reflete sobre as mais variadas bandeiras que se levantavam na época dele na cidade de Corinto, inclusive referente a ele. “Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais? Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento” (I Cor 3,4-6).
São Paulo leva o povo a refletir que não importa simplesmente fazer parte de um lado, mas, antes de tudo, devo me perguntar: “Sou de Cristo?”. Muitas vezes, queremos mudar o mundo ou até mesmo usamos das nossas palavras e
tecladas para impor a nossa opinião e esquecemos de fazer a pergunta básica: “Eu (coloque o seu nome) sou verdadeiramente de Cristo?”.
Sou um cristão que busca o auxílio do Espírito Santo para viver a minha vida de forma coerente ao Evangelho que propago, ou sou ainda carnal, me deixando levar pelos pensamentos, pelas emoções, por tudo o que considero como certo, acima de tudo e de todos? Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: “Ele apanha os sábios na sua própria astúcia”. E outra vez: “O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.
Leia mais:
.: Qual o papel do cristão na política segundo o pensamento da Igreja?
.: Responsabilidade social: entenda o poder de suas escolhas
.: Como fortalecer as próprias escolhas?
.: O valor da gratuidade, pois ela é uma virtude essencial
Independente de tudo, Jesus deve ser o vencedor
Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso; seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso, E vós de Cristo, e Cristo de Deus” (I Cor 3,19-23).
É perda de tempo gastar as minhas energias defendendo simplesmente ideias, por mais sábias que sejam, pois, antes e acima de tudo, devo com o meu coração e com a minha vida assumir de fato Jesus como Senhor e colocar em prática o que creio.
No mundo atual, seja qual for o seu partido político, espiritualidade, gosto gastronômico, time de futebol, em todas as disputas, em meio a todas as diferenças sejam quais forem, a prioridade deve ser Jesus. Ele deve sair sempre como vencedor, como nos ensina a serva de Deus Chiara Lubich. Escreveu Chiara: “Tendo colocado o amor recíproco em ação, percebemos mais segurança na nossa vida, a vontade mais decidida, uma vida plena”. Por quê? Foi logo evidente: por este amor concretizavam-se entre nós as palavras de Jesus: “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome (ou seja, no meu amor) eu estou no meio deles” (Mt 18,20).
Que entre mim e você, que agora lê esse texto, Jesus se faça presente e sempre vença!
Equipe Formação Canção Nova
