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Esgotamento mental realmente existe e não é frescura

Esgotamento mental realmente existe e não é frescura? Já aconteceu com você ou está acontecendo, de começar a perder gosto pelas coisas da vida que antes eram prazerosas? Por exemplo, gostava muito de malhar na academia, mas agora já não tem ânimo para isso; gostava de sair com os amigos para relaxar, mas agora ficou cansativo; o trabalho era algo que trazia satisfação, mas virou um peso.

De repente, você se sente incapaz, não vê bons resultados em suas atividades. Não consegue prestar atenção em coisas simples, esquece-se de “tudo”. Ao fim do dia, sente seu corpo e sua mente exaustos, e, depois de uma boa de noite de sono, acorda com o mesmo cansaço que estava na noite anterior.

Esgotamento mental realmente existe e não é frescura

Foto ilustrativa: Daniel Mafra/cancaonova.com

O esgotamento mental

Se você se identificou com este quadro, é possível que esteja com esgotamento mental. Não sofra por isso, achando que é frescura, que é coisa de gente fraca, porque se trata de um quadro físico e psíquico muito comum nos dias de hoje. Na verdade, é como se o corpo reagisse, como forma de comunicar que algo está errado. O corpo revela o que a mente não disse: Estou cansado! Isso é sério, pois cansaço mental leva a um cansaço físico, mas o físico, normalmente, não gera um cansaço mental. Então, trata-se de dois em um!

A mente se cansa? Sim! Cansa, e muito!

A vida acelerada que temos na atualidade é o grande fator que favorece esse quadro. Tudo avança com muita rapidez, a vida acontece em uma fração de segundos e as exigências acompanham esse aceleramento, sejam elas externas ou internas.

O desejo de ser melhor, mais eficaz e “dar conta” de tudo com perfeição exige dedicação do corpo e da mente, atenção, perspicácia, dinamismo e tantas outras coisas. O medo de não conseguir corresponder a esse mundo frenético nos faz exigir de nós mesmos e nos mantêm em um estado de vigilância constante.

Tudo isso exige muito dos nossos neurônios, que, juntamente aos hormônios, provocam um desequilíbrio interno, como se fosse um curto circuito. E uma das formas de perceber isso é a alteração do hormônio cortisol, que, quando aumentado, reflete no corpo esse desgaste que originalmente é emocional.

O que podemos fazer para rever esse quadro?

É muito importante o diagnóstico correto, pois os sintomas do esgotamento mental pode ser confundido com depressão devido à ausência de prazer e ânimo em coisas que anteriormente havia. Mas sabendo que se trata de um esgotamento, o primeiro passo é rever a rotina.

Como está sua rotina? É possível mudá-la? Aqui, abro um parêntese e digo: sempre é possível! É preciso fazer uma escolha. Diante dessa rotina, o que posso reduzir ou tirar? Na dimensão de trabalho, pouco se pode mexer, mas pode planejar férias! Na dimensão família, é possível rever a rotina, organizar-se para que não haja tanto desgaste.

Se você é coordenador de alguma coisa, que seja na Igreja, na área social ou outro setor, quem sabe não chegou a hora de passar essa coordenação para outro? O importante é perceber que seu corpo e sua mente estão dando sinais que não estão mais suportando a rotina e a pressão que se vive no hoje. E que isso não mudando neste momento, chegará a hora que o corpo vai parar de vez!

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Busque realizar atividades diferentes da que normalmente você já faz e que geram prazer. Experimente um passeio, um curso de atividades manuais, dançar, correr, pedalar, criar ambientes de leveza. No entanto, a psicoterapia é uma grande ajuda nesta caminha de reorganização mental, pois pode ser que seu maior inimigo seja a dificuldade de dizer não às coisas, por isso sobrecarrega seu corpo e sua mente.

Neste mundo de hoje, muitas vezes não se descansa nem quando se dorme. Para viver bem, ter uma vida plena e rica em sentidos, tenha coragem de olhar para você e dizer ‘sim’ quando for preciso, e ‘não’ quando necessário!

Equipe Formação Canção Nova