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Terceiro Domingo do Advento, o domingo da alegria

A cada semana que passa em direção ao Natal do Senhor, mais a alegria passa a se fazer presente em nosso coração. O terceiro domingo do Advento expressa essa alegria de maneira bem visível, a começar pela mudança de tonalidade que pode ser percebida na liturgia. O austero arroxeado cede espaço para o róseo (cor rosa). É muito comum que, não apenas a cor dos paramentos usados pelo sacerdote seja rósea, mas também a de algum detalhe do presbitério.

A vela acesa durante a celebração da Santa Missa, no dia de hoje, por exemplo, também costuma ser na tonalidade rósea, indicando que a alegria já começa a tomar conta do ambiente. A sobriedade e a austeridade do roxo passam a perder força, tornando-se um pouco mais vibrante. É justamente por isso que esse terceiro domingo do Advento também é chamado de “Domingo da Alegria” ou “Gaudete”.

O motivo da alegria no terceiro domingo do Advento

Essa expressão “gaudete” está no imperativo plural do verbo latino “gaudere”, que significa “alegrar-se”. Dessa maneira, “gaudete” traduz-se por “alegrai-vos”. Trata-se, justamente, da primeira palavra retirada da antífona de entrada da Santa Missa celebrada desse dia: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto”. Essa oração foi retirara da carta da São Paulo aos Filipenses (cf. Fl 4,4-5).

Apenas a título de informação, há dois domingos do ano litúrgico em que se permite usar a cor rosa nos paramentos, a saber, o quarto domingo da Quaresma (Laetare) e o terceiro domingo do Advento (Gaudete). O significado desse apelo visível da liturgia é muito bonito e profundo. Ele expressa que, mesmo em meio à espera, o povo de Deus deve recordar-se de que a alegria está próxima, seja a alegria da Páscoa, seja a do Natal.

No caso do dia de hoje, nosso coração deve estar animado pela feliz espera da vinda do nosso Salvador. O Senhor está cada vez mais perto, ele está chegando! Além disso, ele chega sempre na alegria e nunca na tristeza. Não foi à toa que o anjo de Deus disse a Virgem Maria: Alegra-te, cheia de graça, porque o Senhor está contigo. A causa da alegria da Virgem Maria não é outra senão a proximidade de Deus.

A presença da Virgem Maria na liturgia de hoje

E por falar na Virgem Maria, a liturgia de hoje traz o Magnificat de Nossa Senhora: “A minha alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita” (cf. Lc 1,46-54). Que criatura, aliás, poderia ser mais bem-aventurada do que aquela que foi tornada digna de ser chamada Mãe de Deus? Não é tão difícil para nós imaginarmos a Virgem Maria, nestes dias de Advento, feliz e radiante com o Seu Filho no colo.

Maria é aquela que melhor soube esperar Jesus, e ensina a todos nós a fazermos o mesmo. Ela nos ensina que todo cristão deve ser uma criatura essencialmente alegre. Porém, essa alegria não deve ser confundida com uma mera empolgação ou euforia. A alegria cristã vem de Cristo e é duradoura, perene, aquela que alimenta a alma; jamais aquela que distrai o corpo. Enquanto a alegria do mundo procede das coisas exteriores, a alegria do cristão é fruto do encontro dele com Deus, que habita sua alma e gera um afluxo da graça.

“Alegrai-vos”, diz-nos São Paulo na liturgia de hoje. E se julgávamos não ter motivos para isso, hoje tudo mudou. Que outro motivo de alegria poderia ser maior que a certeza da proximidade do Senhor? A alegria do cristão é perfeitamente compatível com a dor, com a doença, com as contradições e fracassos da vida. Se formos esperar a dor e as contradições da vida desaparecerem para sermos felizes, jamais seremos. As dificuldades são algo com o que devemos contar sempre, e a nossa alegria jamais deve estar sujeita a elas.

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É tempo de intensificarmos as nossas orações

Encontramo-nos em um tempo muito propício para a oração, e não podemos deixar passar essa graça. Deus está atento às nossas orações! Portanto, chegou o momento de abrirmos as portas que dá o acesso da nossa alma para o Senhor, e somente para Ele. Isso deve ser feito com toda confiança. Se, durante todo este ano, acumulamos tribulações e mais tribulações, medos e mais medos, tensões e mais tensões, chegou o momento de nos libertarmos de tudo isso para bem esperarmos o Senhor que vem.

Neste tempo, a nossa oração pessoal deve ser intensificada. Oração, a propósito, é sempre um encontro pessoal do homem humilde com Deus por meio de um diálogo sincero e verdadeiro. Esse diálogo envolve, inclusive, sentimentos. O homem inteiro, com tudo o que ele é, coloca-se diante de Deus para estabelecer um intercâmbio de amor. Nesse tempo, a oração deve ser o refúgio primeiro de todo fiel.

Assim, reserve um tempo específico para a oração. Pode ser individual, porém, seria ainda mais salutar se fosse em família. Não há a necessidade de longuíssimas orações. Quem sabe uma dezena do terço com toda a família, uma Salve Rainha, a leitura orante de uma passagem bíblica que alude ao nascimento do Salvador. É o momento ideal, por exemplo, para iniciar a novena de Natal. Todo esse movimento de profunda espiritualidade em família pode ser feito diante do presépio. Disponha o coração à oração, e o próprio Espírito Santo lhe mostrará o que rezar e como rezar nestes dias que antecedem o Natal do Senhor.

Para concluir, quero lhe fazer um pedido. Não deixe de indicar este conteúdo a pelo menos três pessoas. Dessa forma, você estará nos ajudando a evangelizar. Deixe também o seu comentário aqui embaixo.

Deus abençoe você! Até a próxima!