Como foi o papel da Igreja neste ano de 2018?
Neste ano que se finda, muitas atividades foram realizadas pela Igreja no Brasil e no mundo, e é quase impossível descreve-las todas se pensarmos nos seus mais de 4.000 bispos, mais de 40.000 sacerdotes, mais de 45.000 diáconos permanentes, mais de 54.000 religiosos professos, mais de 670.000 religiosas professas e mais de 116.000 seminaristas maiores.
É de se imaginar o gigantesco trabalho de evangelização que todo esse exército de Nosso Senhor Jesus Cristo realiza no mundo. Podemos destacar alguns eventos e acontecimentos mais importantes. Destaca-se para a Igreja do Brasil, o Ano do Leigo. Em carta enviada aos bispos do Brasil, disse o Papa: “Nesse momento particular da história do Brasil, é preciso que os cristãos assumam a responsabilidade de ser o fermento de uma sociedade renovada”.
O leigo na Igreja
O Papa destacou a importância do trabalho do leigo no campo do trabalho de modo geral, e de modo especial faz um chamado aos formadores de opinião católicos, nas universidades, na mídia, com os profissionais liberais, magistrados, políticos, professores, filósofos, cientistas etc., que moldam a mentalidade e a cultura do povo. Ele recomenda as exigências para que o leigo cumpra seu papel de “sal da terra e luz do mundo”: uma vida de santidade, alimentada pela oração contínua; participação nos sacramentos; meditação da Palavra de Deus; boa formação doutrinária, engajamento pastoral e amor aos pobres.
Graças a Deus, muitos leigos atuam fortemente em nossas pastorais diocesanas; nos cursos de preparação para o batismo, primeira comunhão, crisma e casamento; nas pastorais familiares, nos movimentos como Cursilhos, Seminários de Vida no Espírito, Encontros de casais, de jovens, nas pastorais dos idosos, dos presos, dos enfermos etc. É um gigantesco trabalho silencioso e eficaz.
Destaco ainda os grande eventos que acontecem no Brasil todo. Junta-se a isso o grande trabalho das centenas de Comunidades de Vida e Aliança em todo o país, envolvidas na evangelização, recuperação de dependentes químicos, atendimento aos pobres, etc.
Papa Francisco
Foram inúmeras as atividades do nosso Papa Francisco neste ano, apesar de sua avançada idade: viagens pastorais, documentos escritos, cartas, alocuções da quarta feira, etc.
Em 2018 ele escreveu uma Carta Apostólica em forma de Motu Próprio “Aprender a despedir-se com a qual se regula a renúncia, por motivo de idade, dos titulares de alguns cargos de nomeação pontifícia” (12 de fevereiro de 2018); escreveu a Constituição Apostólica, “Episcopalis communio”, sobre o Sínodo dos Bispos (15 de setembro de 2018)
O Papa realizou quatro viagens apostólicas fora a Itália neste ano: à Lituânia, Letônia e Estônia (22-25 de setembro de 2018); à Irlanda por ocasião do Encontro Mundial das Famílias (25-26 de agosto de 2018); a peregrinação Ecumênica do Santo Padre a Genebra (21 de junho de 2018); ao Chile e Peru (15-22 de janeiro de 2018). Foram viagens marcadas de êxito, onde ele pode cumprir a sua missão de Vigário de Cristo na Terra (‘múnus petrino”), de confirmar seus irmãos na fé (cf. Lc 22,32)
Neste ano, houve o Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens, de 3 a 28 de outubro, com o tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Muitas questões foram levantadas: A realidade juvenil no mundo atual; como acompanhar os jovens para uma vida em plenitude; o modo mais eficaz deles anunciarem o Evangelho; ouvir as aspirações dos jovens; como os adultos devem acompanhar os jovens; compreender a realidade e o sofrimento da juventude, em especial dos jovens migrantes e desempregados; ensinar aos jovens a doutrina social da Igreja, amparar os jovens que sofrem os efeitos da guerra, da imoralidade, prostituição, exclusão social, uma pastoral juvenil na internet; a comunhão de gerações etc. Os padres sinodais pediram ao Papa um Dicastério para os jovens, parecido com o Dicastério da família e vida.
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O Santo Padre e a caridade
Papa Francisco é um grande estimulador da caridade; várias vezes ele se reúne com os pobres de Roma, para comer com eles. Por isso, não podemos esquecer todo o trabalho caritativo que a Igreja realizou em todo o mundo neste ano.
Só para se ter uma ideia desse imenso trabalho, basta dizer que a Igreja mantém ,na Ásia, 1.076 hospitais; 3.400 dispensários; 330 leprosários; 1.685 asilos; 3.900 orfanatos; 2.960 jardins de infância.
Na África: 964 hospitais; 5.000 dispensários; 260 leprosários; 650 asilos, 800 orfanatos; 2.000 jardins de infância.
Na América: 1.900 hospitais; 5.400 dispensários; 50 leprosários; 3.700 asilos, 2.500 orfanatos; 4.200 jardins de infância.
Na Oceania: 170 hospitais; 180 dispensários; 1 leprosário; 360 asilos; 60 orfanatos; 90 jardins de infância.
Na Europa: 1.230 hospitais; 2.450 dispensários; 4 Leprosários; 7.970 asilos; 2.370 jardins de infância. Será que existe qualquer empresa ou instituição que faz pelo menos isso?
117 000 centros da Igreja Católica servem doentes de AIDS em todo o mundo. Hospitais católicos representam 26 por cento de estruturas de saúde do mundo. Só nos Estados Unidos, a Igreja Católica educa 2,6 milhões de estudantes, o que lhe custa mais de dez milhões de dólares por ano, soma que o Estado economiza. Na Espanha, 5.141 centros católicos de ensino formam cerca de um milhão de alunos.
“A lista dos 100 hospitais mais cotados dos Estados Unidos não só é encabeçada pelo Saint Joseph’s Hospital and Medical Center de Phoenix, Arizona, entidade que tem prestado os seus serviços por mais de 115 anos contínuos, como 28 dos outros hospitais selecionados são também operados pela Igreja Católica. Nos Estados Unidos há mais de 260 centros médicos católicos, na Espanha 107 hospitais católicos, além dos 1.004 centros, entre ambulatórios, dispensários, asilos, centros de inválidos, de passantes e de doentes terminais de AIDS, com mais de 51.300 leitos. Há 365 centros de reeducação permanente para marginais sociais, ex-prostitutas, ex-presidiários e ex-toxicômanos, umas 53.100 pessoas. Isso, sem falar dos 937 orfanatos espanhóis que albergam 10.835 crianças abandonadas. No total, a Igreja Católica administra e serve 26 por cento dos centros hospitalares e de ajuda sanitária que existem em todo o mundo!
A Igreja mantém mais de 11 mil instituições de caridade pelo mundo. Se a Igreja Católica saísse da África 60% das escolas e hospitais seriam fechados.
Tudo isso, e muito mais, foi realizado neste ano pela Igreja Católica, que se encerra, tudo em nome de Jesus Cristo, dando glória a Deus Pai“ (Col 3,17).