Vida matrimonial

A vivência da sexualidade no sacramento do matrimônio

Reflita sobre as realidades do matrimônio

O Papa Paulo VI, na Encíclica Humanae Vitae (1968), esclarece o verdadeiro significado de duas grandes realidades da vida no matrimônio: o amor conjugal e a paternidade responsável.

Do amor conjugal sublinha suas características: plenamente humano; total; fiel e exclusivo; e fecundo. A conjugalidade (o amor conjugal) traz em si mesma: a fecundidade; a capacidade de gerar vida; o ter filhos e filhas, porque é uma relação interpessoal autêntica, criativa. A fecundidade, portanto, é fruto do amor conjugal e plenamente humana, por isso mesmo é espiritual e sensível. É a íntima comunhão de toda a vida.

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Foto Ilustrativa: monkeybusinessimages by Getty Images

O Papa Paulo VI afirma mais: “Todo e qualquer ato conjugal deve respeitar a sua bondade intrínseca própria que contempla, simultaneamente, a dimensão unitiva (comunhão de vidas) e a dimensão procriativa (capacidade de gerar vidas)”.

Ser família

A maternidade e a paternidade responsáveis não devem ser reduzidas ao simples ato procriador de gerar o filho, e sim serem vistas como um todo a partir das características do amor conjugal.

A vida conjugal passa pelos diversos níveis da vida de amor – o biológico, o eros, a amizade – até atingir o nível mais profundo, que é o ágape, o amor-doação. Sendo assim, a maternidade e a paternidade têm de apresentar características de respeito, solidariedade, doação.

O discernimento e a decisão quanto ao número de filhos (e quando vão tê-los) são dos esposos. Deve de ser uma decisão pessoal, tomada diante de Deus.

O Papa João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris consortio (1981), destaca, de forma decisiva, a abertura amorosa recíproca do casal. Essa os leva a uma abertura amorosa procriadora, capaz de gerar filhos, tendo como mediação o aspecto sexual.

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Sexualidade no casamento

A sexualidade não permanece localizada exclusivamente nas zonas erógenas, encontra-se no todo do sujeito, enquanto ser corpóreo. A união sexual física entra como um elemento constitutivo da própria maneira de ser homem e mulher e de seu amor conjugal. Não é apenas mediação.

A busca por critérios éticos é uma procura antropológica pela realização pessoal e pela maneira adequada de se relacionarem um com o outro.

A vivência da sexualidade de acordo com os valores cristãos é dar uma resposta ao chamado de Deus por meio de uma vida digna e criativa.

(Texto extraído do livro: “Sexualidade, o que os jovens sabem e pensam”).