Ato sexual

Sexo no casamento: para o casal cristão vale tudo?

A Igreja é muito discreta ao falar do ato sexual do casal cristão, mas não deixa de dizer no Catecismo §2362: “Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação, pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (GS 49,2). A sexualidade é fonte de alegria e de prazer”.

“A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos não é, em absoluto, algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte” (CIC §2361; FC 11).

A perfeita unidade do casal é cultivada pela oração

Foto Ilustrativa: jjneff by Getty Images

Papa Pio XII já havia dito há muito tempo: “O próprio Criador (…) estabeleceu que, nesta função, os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada mal em procurar esse prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem saber se manter nos limites de uma moderação justa (g.m.)” (Pio XII, 29/10/1951).

Quando se trata de sexo, o casal cristão pode fazer de tudo?

O fato de o sexo ser legítimo no casamento, e só no casamento, não quer dizer que nele tudo seja válido. Não somos animais irracionais, aliás, nem os animais irracionais fazem “tudo” em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais.

A moral católica é regida pela “lei natural” que Deus colocou no mundo e no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza não está de acordo com a moral. Essa é a regra básica da moral católica. Será que, por exemplo, o sexo oral ou anal estão de acordo com a natureza? Certamente não, no meu modo de ver.

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Sabemos que é necessário e legítimo o prelúdio sexual, especialmente para a mulher atingir o orgasmo junto com o marido, mas não é necessário para isso o sexo oral ou anal, que não são naturais. O que a mulher mais precisa, na verdade, para ter uma harmonia sexual com o esposo, é ser muito amada. O ato sexual não começa quando ambos vão dormir, mas desde quando se levantam para começar um novo dia.

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Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino