Diante dos males que afligem a instituição familiar, é necessário que se apresentem soluções oportunas. Em primeiro lugar, é preciso que se multipliquem os lares verdadeiramente cristãos. Na Carta às Famílias, o Papa João Paulo II declarou: “O sujeito privilegiado dessa nova evangelização são as famílias cristãs, porque elas, sujeitos de evangelização, são também as primeiras evangelizadoras que levam a Boa Nova do belo amor.
Na Familiaris Consortio, este Doutor Pontífice assim se expressou: “Nesse sentido, a família cristã é chamada a santificar-se e a santificar a comunidade cristã e o mundo” (n.55). Vinde e vede nosso matrimônio, nossa família, que deve ser o clamor apostólico daqueles que vivem os compromissos matrimoniais. Além disso, grande a importância da preparação adequada para o matrimônio.
Os Cursos de Noivos têm evitado a falência do matrimônio, firmando os princípios éticos que devem reger a vida do casal. Tudo se deve fazer para melhorar o relacionamento dentro de casa.
A instituição familiar precisa de atenção
A união conjugal é uma comunhão de pessoas, pois somente pessoas são capazes de viver em comunhão: eu e o tu, integrando-se profundamente. Entretanto, a família é ainda comunidade de pessoas, comunidade familiar formada por pais e filhos. O grande perigo é o egoísmo, resultado da busca do prazer pelo prazer, levando a um epicurismo deletério, negação de todo autêntico amor. Daí a importância de se ensinar os jovens a pensarem muito nos filhos que terão, pois a dedicação aos mesmos levará à superação das crises que poderão surgir no decorrer dos anos de vida familiar.
Por outro lado, cumpre lutar por melhor estrutura social, pois a crise econômica traz enorme turbulência para os lares. A renda familiar deve ser tal, que possa satisfazer as necessidades básicas da casa, inclusive que propicie o necessário lazer. É preciso ainda um salutar “boicote” aos programas que agridem a estrutura familiar, sobretudo as novelas que pregam o amor livre e vão diretamente contra a ética natural que rege o contrato matrimonial. Um outro meio é a sistemática cobrança dos políticos, inclusive para que jamais estejam no mesmo plano a família, que surge do compromisso conjugal; e as “uniões de fato”, que não passam de convivência sexual e são terrivelmente danosas à própria sociedade.
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A família fundada no matrimônio deve ser cuidadosamente protegida e promovida como fator essencial da felicidade comum com uma pastoral inteligente e discreta. Nunca é demais saber prevenir os males, protestando também junto dos Diretores dos Cursinhos e Colégios contra certos professores que, em vez de cuidarem de bem ensinar suas disciplinas e de bem formarem seus discípulos, minam os princípios morais, sobretudo no que tange a família.
Para grandes males, remédios oportunos
Ser Igreja no Terceiro Milênio na Família deve ser a grande meta de todo verdadeiro cristão. A grande solução é a presença do Espírito Santo, Espírito de Amor, pois o Amor só pode ser aprofundado e guardado apenas pelo Amor, de onde a necessidade da efusão da graça do Espírito Santo (cf. Rm 5,5) urge, mais do que nunca, a opção consciente e livre para que as promessas matrimoniais sejam cumpridas, ou seja, imune de paixões e motivos secundários que, infelizmente, continuam norteando tantos jovens.
Dilatar cada vez mais a capacidade de viver na Verdade e no Amor, que leva à solidez interior da aliança entre os cônjuges. A educação dos filhos, o amor dos filhos deve ser o referencial que guie e oriente os cônjuges em todos os momentos.
Para grandes males, remédios oportunos. E que tudo que foi aqui refletido leve a uma luta constante pela família, para que todos os lares sejam como a Casa de Nazaré.
Equipe de Colunistas do Formação