Comunhão

Sê alma de Eucaristia!

Temos de receber o Senhor, na Eucaristia, como aos grandes da terra, e melhor!

Tens de conseguir que a tua vida seja essencial e totalmente eucarística. Gosto de chamar de “prisão de amor” o sacrário.
Há vinte séculos, Ele está ali, voluntariamente encerrado por mim e por todos. Pensaste alguma vez como te prepararias para receber o Senhor, se apenas se pudesse comungar uma vez na vida?

Foto ilustrativa: Wesley Almeida / cancaonova.com

Agradeçamos a Deus a facilidade que temos para nos aproximarmos d’Ele, mas temos de Lhe agradecer preparando-nos muito bem para recebê-Lo.

Diz ao Senhor que, daqui por diante, cada vez que celebres ou assistas à Santa Missa, e administres ou recebas o Sacramento Eucarístico, o farás com uma fé grande, com um amor que queime, como se fosse a última vez da tua vida. E sente dor pelas tuas negligências passadas.

Compreendo as tuas ânsias de receber, diariamente, a Sagrada Eucaristia, porque quem se sente filho de Deus tem imperiosa necessidade de Cristo.

Enquanto assistes à Santa Missa, pensa – porque é assim – que estás participando num sacrifício divino: sobre o altar, Cristo volta a oferecer-se por ti. Quando O receberes, diz-Lhe: “Senhor, espero em Ti. Adoro-Te, amo-Te. Aumenta-me a fé. Sê o apoio da minha debilidade, Tu, que ficaste na Eucaristia, inerme, para remediar a fraqueza das criaturas”.

Devemos fazer nossas, por assimilação, aquelas palavras de Jesus: “Desiderio desideravi hoc Pascha manducare vobiscum” (Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco). De nenhuma outra maneira poderemos manifestar melhor o nosso máximo interesse e amor pelo Santo Sacrifício, do que observando esmeradamente até a menor das cerimônias prescritas pela sabedoria da Igreja.

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Além do amor, deve urgir-nos a necessidade de nos parecermos com Jesus Cristo, não apenas interior, mas também externamente, movimentando-nos, nos amplos espaços do altar cristão, com aquele ritmo e harmonia da santidade obediente, que se identifica com a vontade da Esposa de Cristo, quer dizer, com a vontade do próprio Cristo.

Temos de receber o Senhor, na Eucaristia, como aos grandes da terra, e melhor! Com adornos, luzes, roupa nova. E se me perguntas que limpeza, que adornos e que luzes hás de ter, responder-te-ei: limpeza nos teus sentidos, um por um; adorno nas tuas potências, uma por uma; luz em toda a tua alma.

Extraído da obra “Forja” de São Josemaría Escrivá