Pedro, o impulsivo apóstolo, é o tipo de “líder nato”. Sua sinceridade é radical. Ele é um homem impulsivo e impetuoso. É mais levado pela ação do que pela reflexão, e promete mais do que pode cumprir. É aquele que, na torcida, puxa o grito de “gol”. Vai de um extremo a outro facilmente. Tem dificuldades de esperar, quer tudo para ontem. Chora com os que choram, sorri com a vitória do outro. É uma pessoa simples e objetiva, não suporta burocracias inúteis. Acredita na empresa e diz que morreria por ela, embora, na “hora H”, às vezes, tenha dificuldades de apagar os incêndios; quase sempre arrepende-se de suas falhas e tem coragem de pedir perdão. Reconsidera seus atos e muda a rota.
Pedro é um líder amoroso. Quem tem alguém assim em seu grupo colherá resultados de coesão entre os outros membros. Esse é um tipo difícil em razão de sua instabilidade e impulsividade, mas, se administrado com sabedoria, é o gerente ideal para toda empresa. Não lhe faltará iniciativa. Ele não deixará ninguém ficar parado e identificará facilmente o traidor. Os “Pedros” não suportam o espírito de divisão. São pessoas pouco ambiciosas, mas, se não forem valorizados, normalmente tornam-se “pedras” no caminho do diretor.
A história de Pedro
Esse apóstolo é citado 154 vezes no Novo Testamento com o nome de “Pedro”, ou seja, “Pedra”. Na verdade, essa é a tradução para “Kefa”, em aramaico, língua materna de Jesus. É chamado também 75 vezes por seu nome original, “Simão”. Outras vezes, aparece simplesmente como “filho de João” ou, na forma aramaica, “filho de Jonas”.
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Pedro era casado, pois sabemos que, em certa ocasião, Jesus curou sua sogra. Por esse fato, sabemos também que morava na cidade de Cafarnaum, à beira do mar da Galileia, bem em frente a uma sinagoga. Pelo jeito, a sogra vivia na mesma casa de Pedro. No início, Jesus escolheu apenas cinco apóstolos, conforme o costume dos rabinos da época. Um deles era Pedro, o número doze passou a representar as tribos de Israel, ou seja, o pequeno grupo dos apóstolos seria a semente do novo povo de Deus.
Pedro era considerado “uma pedreira”
Simão Pedro tinha um temperamento que unia alguns contrastes; era forte e ao mesmo tempo fraco; corajoso e ao mesmo tempo emotivo; inteligente e ingênuo; capaz de dar a melhor resposta e também de dizer a maior bobagem; podemos dizer que era uma pessoa totalmente humana. Pedro era pedra para construir e também para atrapalhar. Era o tipo de pessoa que costumamos chamar de “uma pedreira”. Mas a qualidade que integrava todos esses paradoxos é a de que: Pedro era uma pessoa absolutamente sincera.
Trecho retirado do livro: “Como liderar pessoas difíceis”.