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O ecologismo financiado pelas trevas

Por que conspiram as nações? Este é o título de uma pregação de monsenhor Jonas Abib, que aconteceu no ano de 2002, e que, com toda certeza, é uma pregação fundamental para o nosso tempo. Nela, monsenhor fala sobre o trabalho realizado pelo padre Michel Schooyans, que se dispôs, a pedido da Igreja, a investigar as intenções por detrás de algumas medidas tomadas pela ONU e outras organizações internacionais. A própria Igreja, por meio de algumas autoridades, já havia percebido que o surgimento de leis favoráveis ao aborto, de outras leis contrárias ao direito natural e à propaganda contrária a família tradicional e a favor do “sexo livre” não era fruto do mero acaso. Havia, indiscutivelmente, uma organização iníqua para que todas essas coisas fossem implementadas mundo afora. Até esse ponto, convenhamos que não resta dúvida. Contudo, a descoberta feita pelo padre Schooyans foi que, para que muitas dessas coisas fossem implementadas, a estratégia utilizada pelos globalistas foi de financiar o florescimento do ecologismo.

A explicação apresentada pelo monsenhor Jonas, a partir das descobertas do padre Schooyans, é que, por meio da proposta ecologista, o que se pretende é a divinização da Terra e a redução do ser humano para um simples ser material. O que deve ser preservado é a Terra, enquanto o homem deve ser colocado como o grande vilão de sua preservação. Portanto, a solução proposta é: um controle de natalidade, em que as famílias devem ser menores que em outros tempos. É necessário implementar, no imaginário das pessoas, uma mentalidade de busca pelo conforto e o prazer, a ponto dessas coisas se tornarem valores a serem almejados; é necessária a produção e a divulgação de métodos contraceptivos como laqueadura, vasectomia, pílula do dia seguinte, DIU, camisinhas etc.; e o aborto deve ser implementado nos diversos países com a desculpa de ser um direito da mulher e uma maneira de reprodução responsável.

O ecologismo financiado pelas trevas

Foto Ilustrativa: Ivan Bajic by Getty Images

Ecologismo como ferramenta de engenharia social

Alguém, ao ler esse breve resumo que fiz sobre a pregação do monsenhor Jonas e o trabalho do padre Schooyans, poderia dizer: “Mas que loucura é essa? Isso não passa de teoria da conspiração!”. Entretanto, no livro ‘Poder Global e Religião Universal’, escrito por Monsenhor Sanahuja, o autor, respaldado de inúmeras fontes, aponta o ecologismo como grande ferramenta de engenharia social. No capítulo terceiro do livro, ele comenta sobre a chamada Carta da Terra, idealizada por duas organizações: a Cruz Verde Internacional, fundada por Khalil Gorbachev, ex-presidente da União Soviética; e a organização Conselho da Terra, que tinha como presidente Maurice Strong. Desde o início, esse documento foi patrocinado pelo diretor-geral da UNESCO, Federico Mayor. Por meio de eufemismos, podemos identificar neste documento ideias panteístas, de controle de natalidade, de promoção ao aborto e muito mais.

Eu o convido a ler o documento na íntegra. Mas, por agora, veja alguns trechos:

1- “Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.” Vemos, nesse primeiro trecho, a relação que é feita entre reprodução e capacidade regenerativa da Terra. A reprodução a qual se refere não é outra senão o nascimento de novos seres humanos. Não se enganem com o eufemismo descarado!

2- Garantir o acesso universal aos cuidados da saúde reprodutiva, promovendo a reprodução responsável. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e a suficiência material num mundo finito”. Não se iluda com os termos “saúde reprodutiva” e “reprodução responsável”, são apenas maneiras sutis de promover métodos contraceptivos. A prova disso é que, muitas vezes, quando uma lei favorável ao aborto é apresentada para ser aprovada pelas autoridades, são usados os mesmos termos “saúde reprodutiva”, “reprodução responsável” etc.

3- “Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas(ONU), cumprir com suas obrigações sob os acordos internacionais existentes e apoiar a implantação dos princípios da Carta da Terra através de um instrumento internacional juridicamente vinculante sobre meio ambiente e desenvolvimento.” Neste último trecho, podemos perceber o tom imperativo e explicito de dizer: “Os países devem colocar em prática as ideias deste documento, inclusive, acima de sua soberania enquanto nação”.

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Abolição da fé cristã no mundo

Tendo apresentado esses trechos da Carta da Terra, agora faço questão de citar um verdadeiro apóstata da fé católica, e que rasgou elogios para o documento: refiro-me ao senhor Leonardo Boff. Confira o que ele disse diante da Assembleia Geral das Nações Unidas: “Desde a mais alta ancestralidade, as culturas e religiões sempre têm testemunhado a crença na Terra como Grande Mãe, Magna Mater, Inana, Pachamama. Os povos originários de ontem e de hoje tinham e têm clara consciência de que a Terra é geradora de todos os viventes. Somente um ser vivo pode produzir vida em suas mais diferentes formas. A Terra é, pois, nossa Mãe universal […] Não é que sobre a Terra haja vida. A Terra mesma é viva, chamada Gaia, a deusa grega para significar a Terra viva. Efetivamente, a Terra é Mãe fecunda. […] Para esta tarefa gigantesca, somos inspirados por um documento precioso: a Carta da Terra. Nasceu da sociedade civil mundial. Em sua elaboração, foram envolvidas mais de cem mil pessoas de 46 países. Em 2003, uma resolução da UNESCO apresentou-na como um instrumento educativo e uma referência ética para o desenvolvimento sustentável. Participaram ativamente de sua concepção Mikhail Gorbachev, Maurice Strong, Steven Rockefeller e eu mesmo entre outros.

É contra essa corja infernal que estamos lutando. Não se enganem! E para terminar, menciono o que o próprio Gorbachev declarou: “O mecanismo que usaremos será a substituição dos Dez Mandamentos pelos princípios contidos na presente Carta ou Constituição da Terra”. Meus caros, o que é pretendido por esses cães não é outra coisa senão a abolição da fé cristã no mundo Ocidental através de uma engenharia social que tem como ferramenta o ecologismo.

Jonathan Ferreira
Missionário da Comunidade Canção Nova