Há poucos dias, ouvi um trecho de uma palestra do padre Léo em que ele falava sobre os desejos e as vontades. Resumidamente, ele dizia que o desejo é algo passageiro que dura no máximo alguns poucos minutos, mas se não o alimentarmos, a vontade não sobrevém. Dizia ele que, ao descobrir essa realidade, ficou muito mais fácil deixar o vício do cigarro que ele sofria há alguns anos.
“Isto é uma tremenda revelação, vai me ajudar muito no caminho de santidade, tenho certeza. Se a tentação vem, basta resistir por alguns minutos, não alimentando-a e ela nos deixa”. Essas palavras do padre Léo ficaram remoendo em meu coração. Quando isso acontece é porque Deus tem mais a nos dizer a respeito. Até que “caiu a ficha”: temos um profundo desejo de amar o próximo como a nós mesmos, é o segundo mandamento que Jesus nos deu. Porém, por que será que temos esse desejo, mas, na maioria das vezes, não conseguimos concretizá-lo? É por que a nossa vontade é pequena… É por que não alimentamos esse nosso desejo!
Foto ilustrativa: Rattankun Thongbun by Getty Images
E como alimentar este desejo?
Dando passos concretos, fazendo gestos de amor e de carinho com os irmãos, mesmo que isso vá contra nossa timidez, respeito humano ou mesmo comodismo. Se temos o desejo de amar, precisamos alimentá-lo, para que a nossa vontade aconteça e, assim, realizemos as obras de Deus. Precisamos agir dessa forma, principalmente nos pequenos acontecimentos do dia a dia.
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Matemos de fome os nossos desejos da carne para que não pequemos, mas também, vamos dar uma superalimentação para os desejos de amar (no sentido mais puro da palavra), para que o mundo se torne melhor a partir de nós!
Júlio, missionário da Comunidade Canção Nova.
