Num mundo marcado pelo individualismo, somos chamados à comunhão de vida. Comunhão essa que é plano de Deus para a humanidade; aliás, comunhão presente em Deus, um só em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Toda missão deve objetivar a comunhão, pois a vida só tem sentido quando partilhada.
Quando vemos uma sociedade marcada pelo pensamento do buscar sempre a própria felicidade, encontramos barreiras para que o plano do Todo-poderoso se propague. Formamos um só corpo, que deve estar bem unido, e em que todas as divisões devem ser superadas. Cada membro do corpo tem sua função em prol do todo (cf. 1Coríntios 12,12-30).
Presença do Espírito Santo
Na Igreja, vivemos e proclamamos esse caminho de comunhão, cada um na sua função específica buscando o bem de todos. Precisamos levar vida ao que fazemos, e ser animador é, justamente, fazer isso, ou seja, vivificar, pela força do Espírito, nossas atividades, entrar no dinamismo do Espírito de Deus.
Como casal e pais, sacerdotes do lar, a missão é ensinar o mundo a crer no amor. Sempre digo que cada casal se torna “uma parábola viva do Amor de Deus!”. Quando unimos essas duas missões, fazemos acontecer o sonho do Criador: vida plena e marcada pelo amor!
Em nossas comunidades, junto às crianças, aos adolescentes e aos jovens, temos de fazer acontecer esse testemunho de comunhão. Ninguém vive para si: “Se vivemos, é para o Senhor que vivemos…” (Romanos 14,8). E o Senhor se identifica com o Seu Corpo Místico, que é a Igreja, e ali o Senhor se encontra. “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (cf. Mateus 18,20).
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Criemos ou mesmo reativemos nossos espaços de solidariedade, de animação da vida e de vivência concreta do amor em nossos grupos. É pelo amor entre nós e para com os outros que somos reconhecidos como discípulos-missionários de Jesus. O Documento de Aparecida pede à Igreja uma “conversão pastoral”.
Penso que essa conversão passe por aí, ou seja, fazer com criatividade a Vida e o Amor acontecerem.
Sua vida tem sido sinal de comunhão?
Vamos assumir os planos de Deus? Não ao egoísmo, ao egocentrismo, ao individualismo! Sim à vida, sim à comunhão. Existimos para fazer outros felizes, para marcarmos a história passando pelo mundo a fazer o bem. “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma…” (cf. Atos dos Apóstolos 4,32).
Que, ao nos ver em nossas comunidades ou em nossas casas, os de fora possam dizer: “Vejam como eles se amam!”. Quem se prepara para alguma missão tenha sempre em vista o bem dos outros, o amor aos seus semelhantes!
Eis o caminho de todo ser humano, eis o sentido de toda vocação!
Equipe de colunistas do Formação