Cristo ressuscitou: Ressuscitou de verdade! Assim, os primeiros cristãos exclamavam e eram respondidos. Mas já se passaram quase 2000 mil anos desse acontecimento na vida de um jovem da Galileia, chamado Jesus, Jesus de Nazaré. Mas podemos nos perguntar: o que mudou com a ressurreição de Jesus? O que isso toca minha vida hoje?
O fato da ressurreição responde as aspirações mais profundas do coração humano, que deseja salvação integral: corpo e alma, indivíduo e sociedade, homem e cosmos. É isso que mudou: “Temos direito de esperar”.
A ressurreição de Jesus traz esperança ao homem, às suas questões mais profundas, ela é resposta aos anseios humanos. Ela nos enche de alegria, pois dá sentido à vida, à busca de uma vida plena. Cristo ressuscitado se revela como o maior sentido da vida humana, uma vida plena e feliz.
A necessidade da encarnação de Cristo para a salvação do homem
A mensagem de Jesus descrita nos Evangelhos e nas cartas do Novo Testamento revelam a maior vontade de Deus: Devolver a integridade do homem, seu mais alto valor, sua dignidade roubada pelo pecado e pelas escolhas erradas do próprio homem.
Cristo veio salvar o homem, libertá-lo de tudo que o fere e machuca, romper com a distância de Deus. Por isso foi necessário que o Cristo fosse mergulhado na maldade humana para resgatar o homem por dentro. Sofreu, sentiu dor, foi entregue nas mãos do próprio homem, foi rejeitado, traído, entregue à violência, condenado, pregado na cruz, morto! “Em tudo se fez semelhante ao ser humano” (Fl 4,7). A Bíblia nos afirma que foi pelo pecado da desobediência de Adão que o mal entrou no mundo (cf. Gn 2), mas foi pela obediência de Jesus que fomos salvos, libertos do mal, e por causa dessa obediência Deus O ressuscitou dos mortos.
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O “fim” da vida terrena de Jesus foi a vitória sobre a morte, e essa vitória foi a sua ressurreição. Esse é também o “happy end” da nossa vida e de toda a história. A ressurreição de Cristo compreende um sentido ao próprio homem: ela vale também para nós. Jesus é “a ressurreição e a vida” (Jo 11,25). Por Ele e como Ele, nós também ressuscitaremos. A ressurreição de Cristo funda a nossa ressurreição futura. Ele nos abriu um caminho novo, um caminho de felicidade verdadeira, um caminho cheio de sentido.
Evidentemente que não podemos fazer do futuro nenhuma reportagem, não temos domínio sobre o que virá, ou como virá a ser a nossa vida, onde moraremos, se teremos filhos, se nossos filhos terão seus filhos, se vamos conseguir nossa casa própria, se o emprego novo aparecerá, e outros sonhos. Mas olhando para Cristo, temos a chave do mistério de nosso futuro; Ele é a esperança, o sentido de tudo.
Jesus, a realização plena e final para São Paulo
É o final, a realização por excelência. Para São Paulo, Jesus é o “homem” final, pleno, totalmente realizado (1Cor 15,45), o “Adão futuro” (Rm 5,14). Isso tudo porque é o Ressuscitado e o Senhor da história e do universo, do tempo e da eternidade. A ressurreição nos abre um novo horizonte, uma porta para uma vida mais plena, com mais respostas do que perguntas. Ele é a garantia do sentido derradeiro da vida: a Vida eterna.
Celebrar a ressurreição de Jesus é celebrar a vitória sobre a morte, sobre a dor, sobre o próprio mal, sobre as angústias também do tempo presente: “Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21,4)
A dor dá espaço ao júbilo, as lágrimas para gritos de alegria, o medo cede lugar à esperança, a morte dá enfim lugar à vida. Proclamar a ressurreição de Jesus é crer no amanhã, é esperar a manifestação de Jesus sobre todos os fatos da vida cotidiana, é não se entregar ao desespero, à angústia, mas confiar!
Creia, dê sua adesão com todo o coração, e com toda a sua alma proclame essa verdade: Cristo ressuscitou: Ressuscitou de verdade!
Feliz e Santa Páscoa!
Seu irmão,
Padre Gevanildo Torres
Canção Nova São José dos Campos