Estamos fazendo uma breve reflexão do magnífico encontro narrado no capítulo 19 do Evangelho de São Lucas. Caso queira, leia também o primeiro artigo clicando aqui e o segundo aqui. Certamente ajudará você a compreender melhor o caminho reflexivo que nos propusemos a trilhar.
Chegou o momento tão esperado por Zaqueu: seu encontro com Jesus. Zaqueu, por assim dizer, estava jocosamente pendurado em uma árvore. A cena pode até ser inusitada, mas Jesus não achou nenhuma graça daquela situação. Ao levantar os olhos e enxergar Zaqueu, Ele disse: “Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa” (cf. Lc 19,5).
Relembremos o itinerário de Jesus até esse momento. Jesus estava passando por Jericó a caminho de Jerusalém, para realizar aquilo que seria a coisa mais importante para a humanidade: a salvação. No entanto, Jesus parou; olhou para Zaqueu; e deu atenção para aquele homem. O mais interessante é que Jesus já sabia o nome de Zaqueu sem que ninguém tivesse lhe informado.
Jesus é mestre do conhecimento
Jesus conhecia o nome daquele homem, mas não apenas o nome, sobretudo conhecia o coração dele; o conhecia por inteiro. Desse ponto, podemos retirar outro grande ensinamento para a nossa vida: podemos até passar despercebido aos olhos do mundo, contudo, não passamos despercebidos aos olhos de Jesus. Não é por acaso que encontramos no livro de Isaías a passagem que diz: “Eis que te gravei [gravei o seu nome] nas palmas das minhas mãos” (cf. Is 49.16).
Lembre-se de que a mão é o lugar mais visível do nosso corpo para nós mesmos, afinal, todas as vezes que as usamos para fazer algo, olhamos para elas. É uma forma de dizer: “Eu não me esqueço de você um só momento”. Não é a toa que, quando queremos nos lembrar de algo, alguns têm o costume de amarrar algo em um dos dedos da mão para nos ajudar a lembrar. Portanto, Deus não se esquece de nós, aconteça o que acontecer.
Jesus não olha para o tamanho das faltas de ninguém
Retomando a passagem, Jesus já sabia o nome de Zaqueu e, além disso, disse àquele homem que ficaria em sua casa. Jesus mesmo se convidou. Esse não era um gesto qualquer, era sinal de intimidade. Ao se “autoconvidar” para ficar na casa de Zaqueu, no fundo era Jesus quem estava convidando Zaqueu a adentrar e permanecer na Sua casa, no Seu coração. Permanecer no coração de Jesus é permanecer em intimidade com Ele, é desvelar todo e qualquer segredo. É estar num lugar de segurança, aconchego E liberdade.
Provavelmente Zaqueu levou um grande susto! Acredito que ele tenha se perguntado: “como Jesus, sendo judeu, poderia entrar na casa de um pecador como eu?”. De fato, era; pois Zaqueu cometia erros, roubava, foi desprezado pelos judeus, desvalorizado por muitos, mas mesmo assim, Jesus queria visitá-lo.
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Todo encontro verdadeiro gera mudança de vida
Um verdadeiro e extraordinário encontro aconteceu. Desse encontro, uma nova vida nasceu! Uma formidável transformação aconteceu! No mesmo instante, Zaqueu se colocou de pé diante do Senhor, e disse-Lhe: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo” (cf. Lc 19,8). Certamente, a vida daquele homem não mais foi a mesma. É impossível encontrar-se com o Senhor e permanecer da mesma maneira.
Zaqueu desejou muito encontrar-se com Jesus e conseguiu. Quero, agora, dar a você uma boa notícia, mais do que isso, uma palavra animadora: o encontro com Jesus não foi um privilégio apenas de Zaqueu, você também pode encontrá-Lo. Busque-O! Baixe as guardas e confie. Jesus está falando diretamente com você o mesmo que falou com Zaqueu: “Hoje entrou a salvação nesta casa” (cf. Lc 19,9).
Aqui encerramos a nossa breve reflexão. Espero ter ajudado! Caso queira, deixe seu comentário ou a sua partilha. Tenho certeza de que ela ajudará a muitos.
Deus abençoe você e até a próxima!