Eu sou Mãe

Para onde a Virgem Maria leva os seus consagrados?

Para responder essa pergunta é preciso, antes, responder outra: Onde e em que situação Jesus nos deu Sua Mãe como nossa Mãe? O Evangelho de João nos responde: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo. Eis aí tua mãe’. E dessa hora em diante, o discípulo a levou para a sua casa” (Jo 19, 25-27). Jesus nos deu Sua Mãe junto à cruz, debaixo da cruz e enquanto o Seu Sangue estava escorrendo sobre a terra.

A Virgem Maria, como mulher cheia do Espírito Santo e de sabedoria, sabe muito bem o que deve fazer com os filhos que a ela se consagram.

Maria leva os seus filhos até Jesus

Ela reflete: “Onde foi mesmo que meu filho Jesus me entregou como Mãe de todos os homens? Por que Ele não me entregou nas Bodas de Caná, onde eu consegui que antecipasse Seu tempo e fizesse o primeiro milagre? Por que Ele não me entregou, como Mãe, quando estava no auge de Sua popularidade, quando multidões O procuravam para ouvi-Lo e para serem curadas? Por que Ele não fez uma grande convocação com os anjos tocando trombetas e, então, solenemente me entregou como Mãe de todos?

Foto ilustrativa: Paula Dizaró / cancaonova.com

Minha marca, que encantou o Senhor, foi a humildade (cf. Lc 1,48). Assim costumo agir: quando alguém se entrega a mim, eu tomo este Filho e levo-O aos pés da cruz, a fim de que Ele seja lavado com o Preciosíssimo Sangue de meu Filho, para que alcance a graça do arrependimento de seus pecados e, pela Sua Divina Misericórdia, possa alcançar a salvação.

Eu não sou a salvadora. Eu sou Mãe. Eu nunca esqueci onde meu Filho, Jesus, me entregou como Mãe de todos: aos pés da cruz e enquanto Seu Sangue era derramado pela salvação de todos. João, o discípulo amado, representando todos vocês, levou-me para a sua casa (cf. Jo 19, 27). Mas eu levo vocês para os pés da cruz. Intercedo em seu favor, para que você possa reconhecer seus pecados, arrepender-se e desejar mudar de vida, e, com isso, ser perdoado e lavado pelo Sangue Preciosíssimo do meu Filho, Jesus.

Eu levo meus filhos até meu Filho Jesus. Eu rogo por eles, como fiz nas Bodas de Caná (cf. Jo 2). Só Ele pode perdoar os pecados. Vocês acham que meu Filho recusa um pedido de Sua Mãe? Ninguém pode ser meu verdadeiro filho se rejeita meu Filho Jesus. Afinal, ele mesmo disse: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim’ (Jo 14,6) e também está escrito: ‘Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devemos ser salvos’ (At 4,12).

Meu adversário, o demônio, é o enganador. Eu lhes apresento a verdade: meus verdadeiros filhos devem permanecer junto comigo, aos pés da cruz. Ali está a fonte da eterna misericórdia. Tomar a cruz e segui-lo (cf. Mt 16,24). Eu sou a Mãe das dores. Eu fui dada na dor. Somente João, o discípulo amado, permaneceu junto ao meu Filho Jesus. Os outros fugiram. Eu posso não ter estado junto com meu filho, Jesus, nos grandes momentos em que todos o aclamaram e o procuravam, mas, na hora da dor, em que ele mais precisava de apoio, eu estive ao seu lado. Permaneci de pé, junto à cruz.

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É o mesmo que desejo fazer hoje: ficar junto de você, meu filho, e, com você, junto à cruz do meu filho e nosso Salvador Jesus Cristo”.

Em síntese, podemos dizer: Quem se consagra a Virgem Maria é levado por ela até Jesus. Quem acolhe Jesus reconhece seus pecados, arrepende-se, confessa seus pecados, pedindo a misericórdia d’Ele, e obtém o perdão. Então, Jesus, o Caminho, leva-o ao Pai.

Padre Alir Sanagiotto, SCJ

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