A Sexta-feira Santa é uma lembrança cheia de esperança e de certeza da vitória. É um dia centrado na Cruz de Cristo e no mistério da Morte salvadora do Redentor. A Ação Litúrgica se centra na leitura da Paixão e na Adoração da Cruz. Nesta celebração fazemos a Oração Universal exercendo hoje o povo o seu ‘ofício Sacerdotal’de maneira especial.
Na imagem de Jesus Crucificado contemplamos a vitória da Cruz: ‘escândalo para os judeus e loucura para os pagãos‘. Após a adoração da Cruz, reza-se o Pai-nosso como preparação para comunhão. Como nesse dia não há missa, as hóstias distribuídas no momento da comunhão são trazidas do altar da reposição ou altar do Santíssimo, onde foram consagradas durante a missa da Quinta-feira Santa.
A celebração termina com a Oração do Presidente sobre o povo que se retira em silêncio. Em muitas paróquias neste dia se realiza a Via-Sacra e também o Sermão das Sete Palavras. Na noite de Sexta-feira há o Sermão do Descimento e a Procissão do Enterro. É extremamente interessante perceber o número imenso de pessoas que participam desta procissão. É como se o povo percebesse que nas situações de morte e sofrimento que vivemos todos os dias, prolonga-se a morte do Senhor.
A Sexta-feira Santa quer nos lembrar que Cristo morreu na Cruz para nos salvar. De fato, Cristo continua morrendo cada vez mais que somos infiéis a Ele, ‘pisoteando ao Filho de Deus, profanando o sangue da Aliança com que fomos santificados, ultrajando ao Espírito da Graça‘ (Heb 10, 29).
Ao venerar a Cruz de Cristo quando é trazida solenemente pelo sacerdote na celebração, imaginamos que estão cravados nela todos os que sofrem e nos reconhecemos a nós mesmos, com os nossos sofrimentos, misticamente presente no ‘Cristo da Paixão‘.