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Cristo, Rei do Universo e Príncipe da Paz

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Neste domingo, celebraremos a Solenidade de Cristo Rei do Universo, na liturgia da Igreja. Meditar essa verdade é para o Papa uma oportunidade de darmos “espaço ao seu Reino nos nossos corações, nas nossas sociedades e no mundo inteiro”. É um momento para “colocar Jesus no centro” da nossa vida, disse Francisco, na Audiência Geral desta quarta-feira, dia 22 de novembro, e d’Ele receber “luz e coragem em cada escolha diária”.

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Créditos: Dan Totilca / GettyImagens

Esta solenidade também encerra o tempo comum na liturgia, sendo o próximo domingo (1º do Advento) o início de um novo tempo. Para os católicos, o ano novo começa no Advento — que é o tempo de preparação para o nascimento de Jesus. Encerrar o ano litúrgico com a proclamação de Cristo Rei é devolver a Deus tudo o que lhe pertence. O Pai é o criador com a Trindade, ao Filho lhe foi concedida toda a criação e toda criatura como Senhor na Trindade, por isso, essa celebração tem um fechamento todo especial dentro da liturgia. É mais uma vez consagrar tudo o que existe ao seu dono, o Senhor Jesus.

A soberania real de Jesus e seus ensinamentos

De fato, nada muda diante dessa realidade. Querendo ou não, somos pertenças de Deus, pois Ele nos criou. Entregar-se livremente a Ele ganha um sabor especial, da mesma maneira de ter um trabalhador que faz seu trabalho por amor à empresa e outro que faz apenas pelo salário. Ou ainda, podemos pensar que essa consagração seria como uma homenagem do filho para com os pais, em vez de uma atitude de revolta familiar. Essas são as mesmas realidades de uma celebração na qual te convida livremente e, por amor, a consagrar-se a Deus e reconhecê-Lo como Rei e Senhor.

A solenidade de Cristo Rei do Universo é uma celebração recente na Igreja, criada por Papa Pio XI, em 1925, para reafirmar a soberania real de Jesus e seus ensinamentos, em um período em que o mundo se afastava cada vez mais do Senhor. Uma necessidade que se apresenta novamente nos tempos atuais, como refletiu o Papa Francisco ao se dirigir aos fiéis de língua polonesa na Audiência Geral: “Que a nossa vida e os nossos corações estejam abertos ao Seu senhorio, pois Ele é a meta para a qual caminhamos”, e continua:  “Ao final do ano litúrgico, voltemos o nosso olhar a Cristo, Rei do Universo e Príncipe da Paz. Vamos dar espaço ao seu Reino nos nossos corações, nas nossas sociedades e no mundo inteiro. Rezemos pelo dom da sua paz!”.

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Senhor e Rei governador de todos nós!

Por fim, Jesus continua a esperar o nosso amor e gratidão, continua a olhar para nós como Senhor e Rei governador de todas as criaturas e povos. Mesmo que eu não queira ou não aceite, essa realidade permanece imutável por obra divina da Trindade. Mais bonito será Ele perceber que queremos e desejamos reconhecer esse senhorio, por amor ao criador e por celebrar sua bondade sobre todos…

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Rafael Vitto

Rafael Vitto, seminarista CN. Graduado em Filosofia e estudante de Teologia. Atuante na paróquia São Sebastião em Cachoeira Paulista.