Em seu livro sobre a Ideologia de Gênero (Ed. Canção Nova), padre José Rafael Solano Durán, Doutor em Teologia Moral, especialista em Bioética e Assessor de Bioética do Regional Sul II da CNBB, mostra, com clareza, os perigos dessa teoria que o Papa Francisco chama de “colonização ideológica”. Em sua visita a Nápoles, ele a comparou “à máquina de propaganda nazista”. Disse: “Existem ‘Herodes’ modernos, que destroem e tramam projetos de morte, que desfiguram a face do homem e da mulher, destruindo a criação”.
O objetivo da IG (Ideologia de Gênero) é eliminar o valor da família como estrutura privada e capaz de formar a consciência da pessoa, de modo que a família não tenha nenhum tipo de relação, eliminando-se, assim, o conceito de pessoa. O caminho para isso é criar um sistema educativo pedagógico, de modo que, com o passar do tempo, a pessoa possa “decidir” se é homem ou mulher. Essa suposta decisão gera um aniquilamento da pessoa; substituindo-a por alguém sem identidade.
Ideologia de Gênero: os pais precisam ficam atentos na educação dos filhos e fortificar o valor da família
Como mostra padre Solano, a desconstrução do significado do termo pessoa e indivíduo, da origem ao chamado “poliamor”, onde as pessoas podem estabelecer matrimônios ou uniões de fato, mas sempre abertas a outros tipos de relações. E, por fim, eliminar todo tipo de relação com a religião e com Deus, o que equivale a implantar o ateísmo.
A fase atual da implantação da IG no mundo todo visa exatamente as escolas, de modo a criar uma geração que assimile esta ideologia. A criança não tem defesa, seu senso crítico ainda não é desenvolvido, então é fácil manipulá-la e aliciá-la.
A CNBB se pronunciou com firmeza contra a IG: “Com a ideologia de gênero, deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27). “A introdução dessa ideologia, na prática pedagógica das escolas, trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias. O mais grave é que se quer introduzir esta proposta de forma silenciosa nos Planos Municipais de Educação, sem que os maiores interessados, que são os pais e educadores, tenham sido chamados para discuti-la”.
Dom Rifan, bispo de Campos (RJ), também colocou o perigo da IG: “Na verdade, os que adotam o termo gênero não estão querendo combater a discriminação, e sim “desconstruir” a família, o matrimônio e a maternidade; desse modo, fomentam um “estilo de vida” que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais tenra idade”.
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Que tipo de formação seus filhos estão recebendo?
Reiteradamente condenada pelo Papa e pelos bispos, os pais cristãos precisam, então, acompanhar o que seus filhos estão recebendo de formação sobre este assunto; pois, em algumas escolas, há cartilhas e professores que a ensinam.
Os pais devem saber que o Congresso Nacional não permitiu a Ideologia de Gênero no Plano Nacional de Educação, e a esmagadora maioria das Câmaras de Vereadores das cidades brasileiras impediu que a IG entrasse no Plano Municipal de Educação do município. No entanto, por meios disfarçados, há escolas e professores que infiltram o ensino desta ideologia de maneira ilegal.
Hoje, esse perigo, que se apresenta para as crianças, exige que os pais cristãos ensinem para seus filhos que Deus criou apenas dois sexos e que cada um deve se aceitar como o seu sexo. O Catecismo da Igreja ensina que: “Cabe a cada um, homem e mulher, reconhecer e aceitar a sua identidade sexual, reconhecendo sua importância para a pessoa toda, a especificidade e a complementaridade” (n. 2333).
Cabe aos pais cristãos, portanto, acompanhar com atenção tudo o que seus filhos aprendem na escola sobre esse tema. O papel da escola é de ensinar e não colocar na cabeça da criança, que não tem senso crítico, uma ideologia que não se coaduna com a Lei de Deus. Se notarem que a Ideologia de Gênero é ensinada a seus filhos, devem procurar a direção da escola e solicitar que seus filhos não assistam essas aulas, uma vez que não é legal.