As duas dimensões da família

São Paulo diz que os maridos devem amar as suas esposas. Você está disposto a amar a sua esposa a ponto de se entregar por ela?

É dogma de fé que a Igreja é santa, nunca podemos dizer que a instituição criada por Cristo tem pecado, pois os pecados são dos filhos dela [Igreja], os pecados são nossos. E por que a Igreja é santa? Porque Cristo entregou-se por ela na cruz, para que ela fosse sem mácula.

Pela mentira o demônio quer destruir os casamentos, quando se mente para o marido ou para a esposa, você está dando ocasião para o maligno.

A porta por onde o demônio entra tem nome, se chama pecado, por isso o casal não pode pecar.
Quando o casal está unido no amor de Deus, ninguém o separa. O amor é que une o casal, São Paulo diz que o amor é paciente, é bondoso, não busca os próprios interesses, não acaba nunca, só o amor faz com que perdoemos uns aos outros até mesmo quando um errou com o outro.
É preciso que nos alimentemos do amor de Deus. E isso vai acontecer onde? Na Igreja, na Eucaristia, na oração, pois o casal que reza junto não se separa diante das dificuldades, pois tem forças para superar todos os problemas.

A família tem duas dimensões: a primeira dimensão é o “casal” e a segunda, são os “filhos”. A família é sagrada, ela não foi instituída por homem, por um papa, mas por Deus. Deus Pai quis dar uma ajuda adequada ao homem, por isso, deu-lhe a mulher como vemos no livro do Gênesis. A mulher foi a última criação do Senhor, foi o ápice da criação.

O Todo-poderoso quis que, na raiz da família, houvesse uma aliança e por essa razão os casais hoje trazem uma aliança em suas mãos. O Papa João Paulo II pedia: “casais cristãos sejam para o mundo um sinal do amor de Deus”, de forma que – quando os demais os [casais] virem superando os problemas existentes no mundo – possam ver o amor de Deus.

O Criador deseja que, através do sacramento do matrimônio, homem e mulher sejam uma só carne, que sejam um só coração, uma só alma, um só espírito. Infelizmente, existem pessoas que estão casadas há anos, porém, ainda não parecem estar casadas.

Falo também aos jovens: se você brincar com seu namoro, você já está destruindo seu casamento, pois ele [namoro] é o alicerce para um casamento, é a preparação, a parte mais demorada, mais difícil. O Papa lá em Sidney, na Austrália, pede ao jovens que aceitem o desafio de viver na castidade, pois um casal só pode se unir e ter uma relação sexual após o casamento, que é o tempo propício para isso.

Jovens cristãos, está na hora de dar uma lição ao mundo. Na África, onde a AIDS mais acontece, em Uganda eles conseguiram baixar [a AIDS] de 26% para 5% a contaminação da população do país, pois o presidente católico fez uma campanha para que vivessem o sexo somente no casamento, tantos os jovens como os casais já casados.

Hoje estão colocando máquinas de camisinha nas escolas para que os jovens as usem; porém, eu digo: ensine seu filho a não fazer isso, pois eles devem aprender que seus corpos são um templo santo e não podem viver como o mundo ensina.

O remédio não é empurrar os jovens para o sexo fácil, mas sim, viver a castidade!

Veja também: “Os problemas que afetam as famílias”


Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino